quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Agreste do Espírito

Um dia, o choro não veio
não caiu uma gota sequer
Parecia seca a fonte
Parecia a morte no horizonte

E lá mesmo não havia a saudade
E o Sol parecia tão frio
Tão distante o antes eterno amigo
Que agora fora está

Parece o Sol, o antes amigo,
não querer mais me esquentar
Pareço não mais merecer
o calor que vem de você

Diga-me o que fiz de errado
para me renegar o abraço
deste amigo que tanto precisa
de ter seu mais sincero afago

relembre para mim nosso tempo
em que meninos pequenos éramos
você apenas uma sombra aurora
e eu a pureza da infância

E agora nada mais na cabeça
a não ser a ganância dos tempos
você aproveitando calor
e eu aproveitando os calores

Nesse tudo, o mundo se perde
e por mais que dinheiro se mede
a capacidade da estupidez social
sou seu amigo e você o meu mal.

Nenhum comentário:

Comentário Rápido