sábado, 30 de janeiro de 2010

Sexta às nove (34)

Existe um cara que sempre deve ser lembrado, por tudo que fez à música.

Muddy Waters





Viu o título da música? Lembrou de alguma outra banda? Pois bem, é isso mesmo!

Ele é a influência.

tá aqui a letra

Well, I wish I was a catfish,
swimmin in a oh, deep, blue sea
I would have all you good lookin women,
fishin, fishin after me
Sure 'nough, a-after me
Sure 'nough, a-after me
Oh 'nough, oh 'nough, sure 'nough

I went to my baby's house,
and I sit down oh, on her steps.
She said, "Now, come on in now, Muddy
You know, my husband just now left
Sure 'nough, he just now left
Sure 'nough, he just now left"
Sure 'nough, oh well, oh well

Well, my mother told my father,
just before hmmm, I was born,
"I got a boy child's comin,
He's gonna be, he's gonna be a rollin stone,
Sure 'nough, he's a rollin stone
Sure 'nough, he's a rollin stone"
Oh well he's a, oh well he's a, oh well he's a

Well, I feel, yes I feel,
feel that a low down time ain't long
I'm gonna catch the first thing smokin,
back, back down the road I'm goin
Back down the road I'm goin
Back down the road I'm goin
Sure 'nough back, sure 'nough back

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vilao, o meu

Mas não é como um conto de fadas, em que o sapo vira príncipe. Aqui, sapos são sapos e príncipes não existem. Cavalos brancos e castelos enormes são meramente ficção e não há vida que possa ser feliz se for baseada no famoso “era uma vez”, pois nada entra na nossa história por um acaso e muito menos acaba com “e foram felizes para sempre”, porque tudo que é bom sempre tem um fim.
Foi brincando de Cinderela que percebi que meu sapatinho ficará pra sempre na escada. Sendo a Rapunzel, vi que mesmo com tranças, não posso fazer de alguém o meu príncipe. Nem mesmo a Branca de Neve pode continuar com a minha ilusão, pois não há quem me liberte de um feitiço ou de maças envenenadas.
Príncipes existem, na hora em que fechamos os olhos, mas basta uma piscada para que ele se vá e a realidade caia em si. E não há dor maior que acordar de um sonho, que descobrir que o nosso príncipe não passa de um vilão e que somente nos sobra amá-los, do jeito que eles são, do jeito que eles podem ser.
Fantasias foram inventadas para serem vividas, mas basta um pequeno erro e o coração já não é mais capaz de colocar um ponto final numa história e começar outra.
E assim como os livros, nossas vidas são divididas em seções, e de todas as que já vivi, seja o terror, a ação, o suspense, a ficção e até mesmo o romance, nada me foi tão belo e me fez tão feliz quanto os contos infantis e o príncipe da minha historia.
Amigos vêm e vão, amores vêm e vão, em vão, mas príncipes,..., príncipes são pra sempre, e mesmo depois de virarem vilões, são os melhores sonhos ao vivo que já pude ter.
Vilões já conheci muitos, até aqueles que tentaram virar príncipes. Mas príncipe de verdade só conheci um. Sua permanência como tal foi até duradoura, mas a transformação aconteceu e de único príncipe, tornou-se o melhor vilão, mesmo que não possa fazer parte da minha vida.
Pois se a nossa historia terminar aqui, não vai ser com um “felizes pra sempre”, mas agora o que realmente importa é que o “felizes” já aconteceu e esse vilão tornou-se o anti-herói da minha historia. E heróis, com anti na frente ou não, perfeitos ou não, são sempre lembrados.
Não desejo o “nosso” fim, o fim do encanto, mas se ainda estiver ao meu alcance, aceito ficar com o vilão, afinal, nada nessa vida é tão certa quanto parece, e já que a minha, especialmente, não segue regras nem padrões, não há nada que se oponha a isso.
Pois, pra mim, essa foi a melhor história, mesmo que ela não vá para algum livro e não seja contada às crianças, pois se fosse possível, no meu conto, eu trocaria fadas, príncipes e encantos pela pessoa que me faz bem, mesmo esta sendo um vilão, o meu.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Justiça própria

Olá amigos. Caros amigos.

Venho por meio desta pedir-vos desculpas.

Desde minha última postagem no "Sexta às Nove", estive numa correria na qual ainda me encontro por motivos de um concurso que estarei fazendo neste domingo dia 31.

E para melhorar, por causa das recentes e assustadoras tempestades de raios e chuvas, estou sem internet pois meu modem simplesmente queimou!

Estou postando da casa de minha tia, também meio apressado pois estou usando o computador do meu tio grande, gordo, careca e com cara de mau (não, não é o tio Phil, rsrs).

Logo, só estarei retornando com o Sexta às Nove na sexta depois do domingo 31, dia 5 de fevereiro.

Peço desculpas, pessoal.

Que bom que o Calixto não deixou a bola cair e tem, pelo que vejo, mantido nossas noites de sexta mais musicais.

Grande Abraço!

Segundas de Literatura XII



Essa eu conheço de perto. Professora da UFRJ, aquela que escreveu As Doze Cores do Vermelho! Um livro lindo, minimalista, muito gostoso de ler.


Helena Parente Cunha

Essa entrevista é para lá de reveladora. A sinceridade dela é para lá de cativante. É para se chorar rindo.


Aproveitem aqui também.
http://www.helenaparentecunha.com.br/home/?p=publicacoes&f=ver&id=25&secao=4

sábado, 23 de janeiro de 2010

Musica às nove (33)

Dessa vez resolvi trazer mais Thelonious.



Considerada a música mais difícil de se tocar dele, tanto que três takes foram unidos para dar forma a única concepção conhecida dela.

Mas para Thelonious, o difícil é um mero detalhe.

Brilliant Corners!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Segundas de Literatura XI



Como é bom pesquisar. Esse é um escritor que conheci buscando entrevistas para cá, até que me deparei com um canal do YouTube Casadejorgeamado. Lá há uma infinidade de vídeos poucos assistidos, claro, porque não refletem o midiático espetaculoso que a internet e a modernidade promovem. Mas está aí,

Cyro de Mattos

Olha o que há sobre ele na net!

"Há pouco tempo, o mestre e amigo Carlos Verçosa, falou-me sobre os haikais de Cyro de Mattos, o que me causou espanto, pois até então não sabia que o poeta de “Vinte poemas do rio” cultuava também essa forma peculiarmente japonesa de se fazer poesia.
De volta a Itabuna, com o intuito de publicar uma antologia do haikai feito por autores grapiúnas, fui falar com Cyro sobre o assunto. Ele retirou de sua estante, na FICC (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania), instituição da qual é o presidente, o livro “Os enganos cativantes”, 2002, e lá estavam os seus haikais, pulverizados por toda a obra, porém, inseridos em um ou outro poema, como naquele que dá título ao livro, formado por três haikais. Eis o primeiro deles:

Signo que me veste
Soltos ao vento os enganos
Cativantes canto

Mais adiante, no poema “O boi”, pág. 79, encontramos três haikais compostos ao modo de Guilherme de Almeida. Vejamos:

Deu adeus à flor.
Culpado mas sem pecado.
Morre sem rancor.

II
Síntese de boi:
Pasta em conserva de lata.
Verde que se foi.

III
Teus mudos mugidos
Em mim ressoam sem fim
Nesses verdes idos.

Feliz pela descoberta, cada vez mais tenho a certeza que o legado grapiúna não são suas fazendas de cacau e tudo o que as envolve, mas seus escritores, especialmente seus poetas, como Cyro de Mattos, um escritor versátil, que transita seguro pelo conto, pela literatura infantil, romance, poesia, e agora, descubro, também pelo haikai."

(do site: www.sopadepoesia.blogspot.com)

Aprendendo a gostar.

Curtam!!!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sexta às nove (32)

Desta vez estou postando na data certa.

Trouxe essa música, pois uma vez Antônio Torres - o escritor - nos disse em uma de suas aulas para jovens escritores que era essa a música que usava como ritmo de seus parágrafos.

Achei aquilo fantástico.



Thelonious Monk - Blue Monk

A coisa seria assim:

Primeiro verso da música. Ponto.
Segundo verso da música. Ponto.
Terceiro verso. Vírgula.
Quarto verso. Ponto.
A sequência com todos os músicos, a trama se desenvolvendo.

Eu li o Cachorro e o Lobo sob esse ritmo. Casa direitinho. Principalmente o primeiro capítulo.
Perceba:

Eis-me de regresso a essa terra de filósofos e loucos. A começar pelo meu pai. Que disso tudo tem um pouco, se estou aqui é por causa dele mesmo.

Só pra dar um gostinho!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sexta às nove (31)

Estou no crédito, mesmo não sendo hoje sexta feira.

Do Heavy Metal para o Jazz de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong.

Lets Call the Whole Thing Off



Resolvi trazer essa música por uma questão meramente fonética. O regionalismo impresso nos dialetos locais é que fizeram essa música famosa. Escrita por Gershiw originalmente para o filme Shall We Dance de 1937 para uma cena com Fred Astaire.

Ela é gostosíssima. De vez em quando, com algum amigo, que me fala alguma coisa que é na verdade a mesma que havia dito, eu repito o verso, I like tomato You like tomato (I like tomeito You like tomáto - numa aportuguesação livre)

Aproveitem!!!

A letra segue logo aqui!

Verse
Things have come to a pretty pass
Our romance is growing flat,
For you like this and the other
While I go for this and that,
Goodness knows what the end will be
Oh I don't know where I'm at
It looks as if we two will never be one
Something must be done:

Chorus - 1
You say either and I say either, You say neither and I say neither
Either, either Neither, neither, Let's call the whole thing off.

You like potato and I like potahto, You like tomato and I like tomahto
Potato, potahto, Tomato, tomahto, Let's call the whole thing off

But oh, if we call the whole thing off Then we must part
And oh, if we ever part, then that might break my heart

So if you like pyjamas and I like pyjahmas, I'll wear pyjamas and give up
pyajahmas
For we know we need each other so we , Better call the whole off off
Let's call the whole thing off.


Chorus - 2
You say laughter and I say larfter, You say after and I say arfter
Laughter, larfter after arfter, Let's call the whole thing off,

You like vanilla and I like vanella, You saspiralla, and I saspirella
Vanilla vanella chocolate strawberry, Let's call the whole thing off

But oh if we call the whole thing of then we must part
And oh, if we ever part, then that might break my heart

So if you go for oysters and I go for ersters, I'll order oysters and cancel
the ersters
For we know we need each other so we, Better call the calling off off,
Let's call the whole thing off.


Chorus - 3
I say father, and you say pater, I saw mother and you say mater
Pater, mater Uncle, auntie, let's call the whole thing off.

I like bananas and you like banahnahs, I say Havana and I get Havahnah
Bananas, banahnahs Havana, Havahnah, Go your way, I'll go mine

So if I go for scallops and you go for lobsters, So all right no contest we'll
order lobseter
For we know we need each other so we, Better call the calling off off,
Let's call the whole thing off.

Sexta às nove (30)

A todos os amigos, amigas, e Cerestino(risos)



Meu querido amigo sumiu e resolvi dar continuidade à sua coluna.

Como sabem, sou fã inveterado de heavy Metal, principalmente dessa banda em si, Dream Theater. Não os deixo de escutar, sob nenhuma perspectiva, mesmo já tido descoberto outras.

Hoje temos Pull Me Under, a meu ver não é sua melhor música, mas é aquela que a fez torná-los famosos. Nessa versão, há um algo a mais, como lhes é característica.

Deliciem-se

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Segundas de Literatura X



Não tem como não gostar desse senhor. Com uma obra riquíssima, mambembe, circense, cultural, trouxe graciosidade a uma figura para lá de marginalizada: o sertanejo.

Ariano Suassuna.

Esse é um daqueles escritores que você tem que dedicar umas férias inteiras para lê-lo. Sua obra é volumosa, detalhada, que precisa ser vivenciada. A riqueza de vida que ele traz e seu construtivismo ortográfico - não me esqueço da imagem do Gato que Discome Dinheiro - são para lá de fantásticos.

Aconselho. Tanto quanto Guimarães Rosa.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Amizade

“Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem tem na vida... aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam...” disse Shakespeare em um de seus maravilhosos e produtivos momentos de reflexão. Mas será que é só na distância que as amizades se consolidam? Não.
Ser amigo não é simplesmente saber ouvir quando for necessário, saber dizer o que tem que ser dito, independente do que seja, ou estar sempre disposto a ajudar. Ser amigo é muito mais do que isso. É abrir mão de um dia de sol para ajudar a resolver um problema de matemática ou física. É deixar de sair num sábado à noite para confortar alguém que precisa de atenção. É tirar um tempinho do dia para ficar ao telefone falando coisas não muito importantes, mas necessárias. É dar o braço a torcer e admitir que estava errado ou errada sobre alguma coisa, e saber perdoar também. Ser amigo é muito mais complexo do que qualquer um pode imaginar, pois exige qualidades, revela os defeitos e desperta sentimentos sem os quais ninguém consegue viver.
Amigos são como anjos que desceram dos céus para confortar os necessitados, para compartilhar momentos bons e ruins, para serem lembrados com carinho quando houver saudade. Amigos são pessoas muito especiais que devem ser guardadas com carinho num espaço bem reservado do coração, porque, lá dentro, eles têm o poder de cura... Amigos são os irmãos que escolhemos para trilhar conosco os caminhos da vida. Amigos são indispensáveis.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Segundas de Literatura IX



Coragem é algo para poucos!

José Saramago, autor de O Evangelho Segundo Jesus Cristo, publica Caim, outro livro de ataque à Igreja.

Lúcido, lúcido! Para quem já leu Ensaio Sobre a Cegueira sabe do que falo.

Ah, Feliz Ano Novo para vocês!

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