sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sexta às nove (58)

Há certas músicas por que tenho verdadeiro apreço.  Uma delas é esse tipo que aqui segue.



Apreciem!

Experiência Continuada

              Para quem não sabe, entro todo santo dia aqui no Pictorescos. Tanto na esperança de saber como anda o filho pródigo, quanto também para ver as publicações que aqui entram. E sei, concordo até, o pouco que tenho escrito para cá não se dá na ideia de que não há mais nada a ser escrito, não há mais nada a ser publicado – a não ser, claro, as publicações burocráticas que tenho mantido, que podem até cansar o sítio. Mas o fato é que, pela premissa de escrever todo santo dia, tenho me respaldado a fazer apenas a escrita de uma única coisa: o meu romance.
            Já havia escrito para cá sobre esta experiência, de suas angústias, dos excessos de pensamento, do lado crítico que nega a obra, da vontade que se faz retornar, mas este texto, pelo título que aqui lhe dei, acaba sendo autoexplicativo. Estou num processo ambicioso de fazer terminar o que julgo estar em processo de conquista. Percebeu a quantidade de abstrações? De um conto – que me são tão comuns – a um romance – que sempre fora a minha ambição, o caminho está sendo árduo, vertiginoso, mas estou a fazê-lo. Ainda um pouco alheio ao processo de qualidade – que farei acontecer ao final do trabalho – estou escrevendo com a mesura de estar fazendo um romance, de sair da singularidade e expressividade de um conto para se chegar a um, que assim julgo o texto.
            Sou daqueles – não nego – que o considero um produto maior, um modelo maior, um totem. Elevo-o como a um Deus, um ser mítico possível de ser conhecido, de ser identificado como Deus. Vejo, na verdade, que o texto em prosa tem esse fascínio sobre mim – apesar do meu absoluto gosto pela poesia, pelo ritmo, pela letrificação, pela singularidade e coesão – a prosa me é a musa que me deixa bailar para seu encontro.
            E engraçado, julgo estar conquistando o espaço desta. Uma vez, em uma discussão, veio uma amiga afirmando que não precisa de certas conquistas para se ver como escritora. Eu, em minha aniquilação constante, disse-me a mim mesmo que eu tinha tais necessidades. Eu sou daqueles de beijar de olhos abertos, para ter certeza da conquista, de que aquilo é real. Faço tal até hoje com minha esposa, ainda não acredito que a tenho como esposa. Talvez seja por isso o meu fascínio pela prosa, gostava de ficar bajulando o livro depois de tê-lo lido. Rodava-o em minhas mãos, vendo capa, costura – ou cola – o desenho, a orelha, imaginava como seria um livro meu. Tive isso, pela primeira vez, quando li, ainda muito garoto, Raul da Ferrugem Azul. Como aquele livro fora importante, poder desenhar com letras as possibilidades das cores, as cores que alguns viam e outros não. Crucial para vencer a minha frustração com o desenho que mal saía – e as cores que passei a não colocar, só desenhava com o lápis – a escrita foi sempre a possibilidade de poder desenhar na exatidão do outro, e não na minha.
            E agora, saber que o escrito não é só um conto, uma folha, um desenho do texto sonhado, mas o texto em si, a prosa, o longevo do quadro romanesco, para mim está sendo a glória o gosto e a descoberta. E sim, só me sentirei completo o dia em que pegá-lo nas mãos, pós-editora, pós-todas as análises, e ali poder me dizer, agora sou escritor, pois tenho um livro com o meu nome e minha prosa, ali sim me sentirei completo, me chamarei escritor. Desculpa, sou daqueles que precisam apalpar para acreditar. Sou esteta e estético, preocupado com o viço e o vício. E meu vício de tocar a minha minúcia me faz ser um pouco distante – não indiferente – àquilo que é de minha geração, ser escritor da internet, da geração que venceu a ditadura das editoras. Mas dou meu braço a torcer, ainda as desejo, quero que julguem o que escrevi, que me sejam sinceros, sem aquelas mesuras da elegância e etiqueta. Consigo suportar a ideia de que está uma bela bosta, pois o que quero é produzir literatura. E nesse ato tornar-me um fordista cotidiano. Já o estou assim. Quando não escrevo aqui na máquina – minha Olivetti tem tela e programa – fico matutando e maturando na memória, salvaguardando na lembrança de que aquela frase está aqui, que a pena quer escrevê-la – ou digitá-la – só que naquele bendito dia não foi possível ir à máquina. Escrevo mais pensando do que na máquina, mas quando a ela me posto, como o dedo corre. Essa sensação é outra glória.
            No meu atual romance – outros três foram abandonados – terceiro capítulo, texto em fluência, aspectos novos, nunca traçados, nem em treinos, nem por outras perspectivas e exercícios – me propunha exercícios costumeiros – o texto se eleva, ele quer se sair. E como entidade, deixo-o me conduzir, não lhe sou freio, não lhe entrego preocupações. Mas para escrever, preciso ler a página anterior toda, às vezes o capítulo, saio dele como se desligasse, a entidade não deixa lembranças do que estava antes, mas de mim se apodera no momento da leitura, ali sou o um que escreve, que desenha, sem ponderações de hierarquias. É bom saber que estou conseguindo escrever. E é um romance.
            Não me delongarei. A vontade de retornar àquele texto está se fazendo premissa de novo. Por isso, o pedido, os que me cobram, que me cobrem, continuem, gosto da cobrança, movo-me por elas, sim, preciso de vocês sempre. Daqueles que comigo escrevem, daqueles que me pedem o escrito, mas saibam, não é abandono, sinto que agora é a minha chance. E ela está mais forte do que nunca. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Segundas de Literatura XXXIII

Esse é um dos grandes atuais nomes da literatura!!!

Por tudo que representa, por isso está aqui!

CHARLES KIEFER



Aproveitem e muito!!!

domingo, 17 de julho de 2011

No lado escuro da Lua

(letra: Márcio Fernando Santiago Calixto) 

No lado escuro da lua 
É onde tudo se escuta 
Sussurros, suspiros, alívios, dores, angústia, medos, cinismos, religiões, rezas, quereres, chamamentos do apaixonado, o aperto, a apelo, o afago, o significado do que se tem por dentro, o vento, o relento se esconde e se faz 
É de lá que se traz 
O sangue que bate no meu peito 
E o que eu sinto do lado esquerdo 
Eu aperto com os dedos do direito 
É o que eu quero 
A dor alivia o sofrimento 
E há tanto tempo faz 
Que pra cá passei 
No lado escuro da lua 
Eu estarei a te esperar 
Meu corpo aí ficou 
Sei que a dor ainda não passou 
Mas do que adiantou chorar, xingar, falar, exclamar, reclamar, implorar, querer e não poder Ter 
Lembra do que te falei 
O lugarzinho que Deus reservou 
Aqui estou 
No lado escuro da lua 
Nossa luz vai brilhar pras estrelas 
Verem e quererem 
Como nós brilharem 
E ensine a nossos filhos 
Que assim que forem chamados, exclamados, conclamados
Venham nos encontrar 
No lado escuro da lua 

Aos professores amigos

Consegui o link com um arquivo excel mostrando a relação dos concursados esperando e já convocados pelo último concurso do Estado do Rio de Janeiro.

O arquivo é enorme, mas vale a pena dar aquela conferida.

Um beijo

http://www.educacao.rj.gov.br/concursos/2009/Concurso2009.pdf

Por que não? (ou uma dose pra Domingo)

Eu sempre considerei a música do jogo Mario Bros um clássico.

Vejam que não sou só eu.











Gosto muito dessa peça em um teatro escolar!!!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

I know it's only rock and roll but I like it

Mais um dia mundial do Rock e maus uma – nesta caso, humilde – homenagem a esse ritmo e atitude que mudou e muda, irresistível e vigorosamente, a vida de tantas juventudes há décadas.

No meu caso, posso precisar com exatidão cartesiana quando despertei para esse som que, posso dizer sem o menor pudor, foi e é um dos grandes componentes de minha personalidade, crenças e perspectivas de ver o mundo: foi quando ouvi pela primeira terceira vez Phanton of Opera do Iron Maiden, para ter conversa com um novo (agora velho e bom) amigo quanto estava no I Ano do Ensino Médio. Aliás, na minha trajetória, Rock N’ Roll e amizade sempre foram grandes pontos de convergência, congruência e incongruência (para aqueles que entenderam o trocadilho...)

Seja como for, o bom e velho rock talvez seja o ritmo musical mais metalinquístico – creio, até mais que a bossa-nova... se isso for possível. “Mas afinal o que rock n’ roll, os óculos do John ou o olhar do Paul?” Pergunta o roqueiro – e encrenqueiro – Humberto Gessinger. Pergunta que podemos multiplicar ao infinito: Seria a guitarra inflamada (literal e metaforicamente) do Hendrix? A marra pra lá de forçada do Liam Gallagher (Osis)? Os vestidinhos pretos indefectíveis da Amy Lee e da Pitty? A boina à La Lênin do Bono Vox?

Quantos moleques não deliraram, gritaram uma revolta ou paranóia, beijaram na boca, sonharam estar “do outro lado do palco”, de qualquer palco? Falamos de bandas como de times de futebol ou de partidos políticos (embora estes andam cada vez mais iguais, infelizmente). E, uma vez mais, vamos levantar os copos; refazer refrões fáceis e a boa “fórmula” Tonica/terça/quinta – com algum fraseado, afinal, por que não aparecer? – É isso e como já sabiam os Stones: “é apenas rock n’ roll mas eu gosto”

domingo, 10 de julho de 2011

Por que não? (ou uma dose pra Domingo)

eXPERIMENTAlisMO DE márcio-ANDRé





(Agora, entre a gente, se o que ele faz no segundo vídeo fosse num Stradivarius, alguém fazia uma besteira!)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sexta às nove (57)

Durante muito tempo, na época de comando de Cerestino, essa coluna mostrava vertentes da MPB. Agora que ando escolhendo detalhes mais efusivos aqui, digo que darei uma mudançazinha, colocando algumas músicas de gosto pessoal, muito pessoal mesmo.

Apresento a alguns o DREAM THEATER.

Pai do heavy metal progressivo mais atual, com músicas longas e muitíssimo bem orquestradas, essa banda detém a minha eterna admiração em função da total competência de seus músicos. Dois me chamam muito a atenção, Mike Portnoy - baterista - que recentemente se fatigou e saiu da banda (tocou recentemente no Avenged Sevenfold) e James Labrie, o vocalista, dono de uma voz potentíssima, afinada ao extremo, capaz de atingir notas agudas e mantê-las por um fôlego também invejável.

Uma música de que gosto especialmente é a OCTAVARIUM - apesar de minha predileção por três álbuns,que não o próprio Octavarium. Images and Words, Metropolis ptII e Falling into Infinity.



Ah, para quem não conhece, saiba, a música tem 28 minutos, que valem a pena ser conferidos. No caso desse vídeo, o que há é o som original, jogado no youtube. Se quiserem, há os vídeos dos shows, que não têm a mesma qualidade do som, mas valem pela demonstração das capacidades dos músicos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Segundas de Literatura XXXII

Eu adoro intertextualidades.

Principalmente dessas que desbravam coragens. Colocar-se como intertexto paralelo a Machado é para poucos. Por isso está aqui. Coragem para escrever. Coragem para dizer.

ESCRITOR: SÉRGIO CLEMENTE!

domingo, 3 de julho de 2011

Por que não? (ou uma dose pra Domingo)

Olha que lindo!!! Adoro a pluralidade da internet, Adoro as possibilidades da Literatura!

 

Drummond em várias línguas - em particular gostei do Tupi e da vivacidade no Espanhol.



Uma interpretação para lá de gostosa!

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