Mais um dia mundial do Rock e maus uma – nesta caso, humilde – homenagem a esse ritmo e atitude que mudou e muda, irresistível e vigorosamente, a vida de tantas juventudes há décadas.
No meu caso, posso precisar com exatidão cartesiana quando despertei para esse som que, posso dizer sem o menor pudor, foi e é um dos grandes componentes de minha personalidade, crenças e perspectivas de ver o mundo: foi quando ouvi pela primeira terceira vez Phanton of Opera do Iron Maiden, para ter conversa com um novo (agora velho e bom) amigo quanto estava no I Ano do Ensino Médio. Aliás, na minha trajetória, Rock N’ Roll e amizade sempre foram grandes pontos de convergência, congruência e incongruência (para aqueles que entenderam o trocadilho...)
Seja como for, o bom e velho rock talvez seja o ritmo musical mais metalinquístico – creio, até mais que a bossa-nova... se isso for possível. “Mas afinal o que rock n’ roll, os óculos do John ou o olhar do Paul?” Pergunta o roqueiro – e encrenqueiro – Humberto Gessinger. Pergunta que podemos multiplicar ao infinito: Seria a guitarra inflamada (literal e metaforicamente) do Hendrix? A marra pra lá de forçada do Liam Gallagher (Osis)? Os vestidinhos pretos indefectíveis da Amy Lee e da Pitty? A boina à La Lênin do Bono Vox?
Quantos moleques não deliraram, gritaram uma revolta ou paranóia, beijaram na boca, sonharam estar “do outro lado do palco”, de qualquer palco? Falamos de bandas como de times de futebol ou de partidos políticos (embora estes andam cada vez mais iguais, infelizmente). E, uma vez mais, vamos levantar os copos; refazer refrões fáceis e a boa “fórmula” Tonica/terça/quinta – com algum fraseado, afinal, por que não aparecer? – É isso e como já sabiam os Stones: “é apenas rock n’ roll mas eu gosto”
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