sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sexta às nove (46)

Sua dose semanal de remédio musical.



Olha... Tem qualquer coisa de divindade que acontece quando você presta atenção nessa música.

As músicas de Tom Jobim são marcadas, como embaixador da música brasileira em todo o mundo, por uma perfeita conjunção.


Sim, há quem diga, como um gringo uma vez disse, que a música brasileira tem uma intensa e marcante melodia, e há muitos que exaltam nosso dom melódico. Outros, igualmente nos exaltam, mas pela nossa capacidade harmônica imprevisível, vide Gilberto Gil.

Entretanto, a real beleza e fascinação unânime da nossa música é a conjunção desses dois fatores: harmonia e melodia. Claro, sem falar no ritmo! o que por si só renderia uns 30 outros programas.


E a cadência, a interligação entre os acordes e a melodia de Tom Jobim é estupendo!

Eu sempre imagino a dança de um casal em perfeito sincronismo. Mas não só uma perfeição, esse casal se adora! Depois da dança eles vão se pegar na cama, ou onde quer que seja. Não são profissionais frios, são amantes mútuos, dançam pra sentirem seus corpos comunicando-se mutuamente.

Aproveite.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Curta às Quartas II

Mais um bom curta, de Ciro MacCord, seu título: Solidão.

Deem uma boa olhada, ele tem uma força para lá de maguilesca!
Muito bom mesmo!

Aproveitem!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Marchinha n°1

Lá vem você me dizendo adeus
Chorando a dor que essa vida traz
Levando as cores do dia, a minha alegria,
Deixando gris pesar
Lá vem você me beijando, me assegurando
Que eu vou viver em paz

Lá vem o hoje nos separar,
Já que o amanhã gosta de tardar
Te escrevo e peço que voltes logo 
Sarar meu palpitar já sem furor
Lá vem você me beijando, 
Me esquecendo das noites sem luar

Enquanto faço-te essa canção
Que é pro meu coração não chorar em vão.

Segundas de Literatura XXV

o 5° contemporâneo:



André Dick - professor universitário, de uma literatura muito agradável. Resolvi porém, não colocar alguma poesia dele aqui, sua entrevista literária já dá uma demonstração do que ele coloca em suas palavras.

Mas achei um blog, da unisinos, local onde ele é professor. Vai nesse link aqui

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sexta às nove (45)

Sua dose semanal de remédio musical.



Esse moço foi uma bela descoberta que fiz!

Meio por acaso, ouvindo Los Hermanos [pausa rápida para nota de pensamento: bons músicos de levarão a boas músicas!], lembrei-me desse nome familiar. E lembrei também que apesar do nome, não me eram tão familiares assim suas canções. A não ser a do rapaz latino-americano sem dinheiro no banco...


[outra rápida pausa para outra nota de pensamento: ouçam as músicas menos famosas dos cantores que vocês pouco conhecem, haverá surpresas! Exemplificando, os próprios Hermanos!]

Bom, sobre a música da semana.

Confesso que é difícil comentar as músicas do Belchior! Ele me surpreendeu por uma caracteristica peculiar: ele critica os que criticam. Ele se revolta contra os revoltados. Ele denuncia a vacuidade da maioria dos cantores de protesto.

E faz isso na tranquilidade de quem sabe o que está dizendo sem saber absolutamente e ficando muito na paz com isso.

Começando com uma inesperada ironia anárquica:
Nesta terra de doutores, magníficos reitores, leva-se a sério a comédia!

E o alvo das conclusões de Belchior é um sintoma que muito ronda todos os, como os chamou Arnaldo Jabor MIs (Militantes Imaginários): a hipocrisia. O que se vê claramente ironizado em trechos como:

A musa-pomba do Espírito Santo - e não o bem comum! - Inspira o bispo e o Governante.
Velhos católicos, políticos jovens, senhoras de idade média,
- sem pecado abaixo do Equador - fazem falta e inveja ao inferno de Dante.


 Não, não quero contar vantagem mas já passei fome com muita elegância. E uns caras estranhos - ordens superiores! Já invadiram minha casa... Mas com muito respeito!


There’s no business like soul business! There’s no Political solution, meus caros estudantes!



O velho blues me diz que, ateu como eu, devo manter os modos e o estilo...Réu confesso! Eles vão para a glória sem passar pela cama... Ou jesus não me ama ou não entendo nada do riscado! 

E termina rindo:

Desculpem! Infelizmente não sou à prova de som nem de amor...de amor...


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Curta às Quartas I

Sei que Quarta-feira é meio da semana, mas pensei que havia um hiato aqui no nosso Pictorescos. Depois que Cerestino - ou Celestino, depende da visão sobre ceresta ou céu - inaugurou sua coluna sobre música às sextas, na mesma onda eu fui com entrevistas literárias, até para mostrar que a literatura brasileira não parou nos anos de 1940 - este é até um dos lemas do sítio Pictorescos. Mas ainda não tínhamos alguém que representasse o cinema. Até fui atrás de alguém que pudesse preencher esse espaço. A priori, estou em negociação com um escritor - tanto na área de humor, quanto de jornalismo - para ingressar aqui no Grupo. Não que tenha pintado uma vaga depois da saída de André, sempre disse que aqui é um espaço para qualquer um que quisesse colaborar com qualidade e linearidade ao projeto. Mas aí, resolvi eu mesmo ir ao Cinema.
Sei que não sou o detentor dos predicados críticos para falar sobre cinema, também nem tenho os requisitos para falar com a autonomia que tem Claudinei Vieira, do Desconcertos, e vou ser sincero, nem tenho tanta pretensão para tal, por isso eu vou apenas no campo da Curta Metragem.
Por que Curta Metragem?
É um tipo de arte visual pouco divulgada ou que fica restrita ao mundo dos cinéfilos que têm tempo de irem aos festivais, apresentações e discussões. Eu sou do outro grupo, do outro lado, dos trabalhadores metronômicos, linearizados pela burocracia e outros fatores. Com sorte, eu encontrei esse videozinho lindo no Youtube (Ave Caesar, Youtube), com música de Edith Piaf que faz uma clara demonstração de um mundo que se colore nas relações amorosas. Curta gostoso, muito. O primeiro, um curta francês, nada do industrialismo hollywoodiano.

Aproveitem!


terça-feira, 20 de abril de 2010

Segundas de Literatura XXIV

O 4° contemporâneo.



André Felipe Pontes, ou melhor, Cardoso. Mais um escritor, jornalista e tradutor, junto com os outros que aqui já foram mostrados. A itaucultural está sendo uma fonte para lá de boa, pena ser pouco vista.

Espero mudar com esse canal aqui. (Sonhar não custa nada)

Deem uma boa olhada nesa entrevista, de uma sinceridade muito gostosa!

Vale a pena!

domingo, 18 de abril de 2010

Um amor

Um amor

Aprendi a amar todas as pessoas
Amando-as
Amo a mim mesmo
Por isso amo a todas elas
Sem restrição
Irrestrito
i-rrestrito
Amo-me a mim também!

Amá-las, assim me amo.
Mas mesmo a mim, que me amo amando os outros
Amo menos
Nesse caso sou de ir-restrito

Na verdade,
Eu me alimento de sorrisos
De dentes expostos
De uns poucos minutos de sorriso
De fala que se faz fala.
Dita, vivida, compreendida.

Não sou fã das falas internéticas
De conversas afoitas em toque de teclado
Sou fã do convívio, do hálito, do copo manchando mesa
Sem grilos por estar manchando a mesa
De um jogo compartilhado
Ou de tabuleiro, ou de vídeo
Sou fã da piada de mal gosto
Risível, por seu pouca piada

Eu gosto é de rir de mim nos outros

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sexta às nove (44)

Sua dose semanal de remédio musical.

Com a participação de um conhecido especialista em Legião: Andy Freitas.




Calma. Muita calma. Não falarei sobre a IURD, muito menos sobre satanismo, menos ainda sobre mensagens subliminares nos filmes da Disney (Oo). Venho falar de um assunto que muito me agrada que é música. E como fã inveterado que sou da Legião Urbana, não poderia deixar postar aqui uma das músicas mais impactantes desta banda. Essa é daquelas que quando ouvimos parece que tiramos um peso de nós, ou expulsamos nossos demônios ( daí o título).

Sem mais delongas... Os barcos.


Dessa vez faço questão de postar a letra:

Você diz que tudo terminou/Você não quer mais o meu querer/Estamos medindo forças desiguais/Qualquer um pode ver/Que só terminou pra você/São só palavras teço, ensaio e cena/A cada ato enceno a diferença/Do que é amor ficou o seu retrato/A peça que interpreto,um improviso insensato/Essa saudade eu sei de cor/Sei o caminho dos barcos/E há muito estou alheio e quem me entende/Recebe o resto exato e tão pequeno/É dor, se há, tentava, já não tento/E ao transformar em dor o que é vaidade/E ao ter amor, se este é só orgulho/Eu faço da mentira, liberdade/E de qualquer quintal, faço cidade/E insisto que é virtude o que é entulho/Baldio é o meu terreno e meu alarde/Eu vejo você se apaixonando outra vez/Eu fico com a saudade e você com outro alguém/E você diz que tudo terminou/Mas qualquer um pode ver/Só terminou pra você/Só terminou pra você.

Aproveite.

Aproveite e dê uma passada no blog do Andy: Puxar é com X!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Segundas de Literatura XXIII

O terceiro: Daniel Pellizzari, um dos donos da Livros do Mal, junto com Daniel Galera.



Busquem por tais. Não venho a escrever um resumo sobre este, pois ainda não o li em plenitude. Mas pelo fato de mexer com a temática do Absurdo, de nossos absurdos, mais contemporâneo é impossível.

Vale a pena também.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sexta às nove (43)

Sua dose semanal de remédio musical.





Vamo lá, podem confessar, vocês estavam já com saudades do Bobby! rs


Bom, essa semana trago a vocês uma peça magistral. Uma improvisação.


No Jazz, mais que popularizar, a improvisação foi elevada a níveis astronômicos, tanto em importância quanto em qualidade. 


E como não podia deixar de ser, uma improvisação com Bobby McFerrin e Richard Bona não podia ser menos que um ESPETÁCULO.


Como nã há letra, não tenho muito o que comentar.


Mas dou um conselho, ouçam, e não fechem os olhos. É legal ver como o Bobby faz os efeitos vocais. 


Com uma harmonia que te faz planar sobre as florestas africanas, te faz sentir os aromas da terra.


Aproveite.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Segundas de Literatura XXII

O segundo: Daniel Galera.

Outro também de muito bom gosto literário. O percursor (um dos) da literatura pela Internet.

Vale a pena ser lido.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sexta às nove (42)

Sua dose semanal de remédio musical.



"Ah quem me dera o meu chorinho, tanto tempo abandonado... e a melancolia que eu sentia quando ouvia ele fazer canto chorado"
Foi o que Vinícius sentiu seu coração cantar quando ouviu Odeon.

Composto por Ernesto Nazareth, esse é meu choro favorito.

É uma triste constatação que, provavelmente poucas pessoas que agora me lêem não conhecem o Choro brasileiro.

Desde que comecei a estudar na Villa Lobos tenho me encantado pelo choro. Afinal lá há muitos chorões. Meu professor é um desses, embora disfarçado de guitarrista. E o professor de meu irmão igualmente, embora sobre o mesmo disfarce. rs

Enfim, me sinto impotente para comentar tanto essa música quanto o choro em si, e nunca me satisfaço com as definições dos estudiosos. Talvez perguntando a uma criança o que ela sente ouvindo o choro ela me dê um norte. Falo sério.

Choro se entende ouvindo. Não precisa de letra. Pra quê?

Como diz Jesus: quem tem ouvidos, ouça!

Aproveite.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Autossuficiência

Comportamentos inadequados associados a situações em que temos que usar a racionalidade em detrimento da razão podem ser explicados e alterados com alguns métodos. Rumos distintos com a mesma finalidade, suprir necessidades diversas de pessoas que busca ou não ajuda, seja ela por meio das explicações científicas ou por meio do autoconhecimento, tentando uma melhora por conta própria.
Mesmo que não seja busca de auxílios o motivo da leitura de livros de autoajuda, estes modificam o nosso pensamento ou mesmo inserem novas concepções e maneiras não só para amenizar problemas pessoais. Também podemos tomar esse tipo de leitura como aliada da medicina e não excludente dela, reforçando a ideia de que a literatura, seja ela pra qualquer fim, acrescenta conhecimentos que são usados a nosso próprio benefício.
As orientações passadas aos leitores podem e são usadas como uma maneira viável e autossuficiente de conseguirmos novos métodos para alcançar o sucesso, seja ele pessoal ou profissional. Essa leitura pode rumar para o âmbito religioso, que não visa manipular a nossa fé, mas sim despertar em quem lê caminhos mais organizados e muitas vezes mais eficientes que se esperássemos uma situação se solucionar sozinha.
Criatividade aliado a emoções justificadas cientificamente mostram-nos que livros de autoajuda conseguem ir além da razão, para buscar justificativas e encontrar soluções que não estão explicitadas no texto, mas sim na forma que cada um o interpreta. Com isso, percebe-se que mais que servir de ajuda, desperta em nós uma capacidade de obter conhecimentos, além de preencher fendas psicológicas criadas com os nossos erros ou tentativas sem sucesso no cotidiano.

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