Severas são as intenções
Estúpidas, as vontades
Porém, não mais do que um
sou
invariável
inimaginável
índigo
É na índole que se conhece a pessoa
É nela - a pessoa - que se constrói a índole
porém, mesmo sendo um
somos vários
que se desrespeitam
e se trocam, respeito
o que é para mim também é para ti
mas há o inevitável dia da morte
e aquele que aqui estava já não está mais
nem mesmo por um segundo a respeitar sua saudade
não mais
é o caminho, irretocável.
único
sem fim!
segunda-feira, 23 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
A entidade de Sarcantus
Hoje à noite, eu tive a clara sensação de minha morte. Ela basicamente poderia acontecer por dois vieses: ou acidente de carro, quando descendo de Araruama, na Serrinha, perto do Túnel de Flores, na curva de início, “Ponta Negra”; ou de coração, um ataque, eu não teria chance. Mas hoje foi forte fulminantemente forte.
Ao momento estou segurando o choro, pois gostaria de ver minha filha crescendo e o eu filho que está por vir. Sinto-o tão próximo, como me foi Sofia, que o vejo me chamar. Sonho com ele. Ele me vem. Por confissão, afirmo que sei quando vem, alguém me disse que teria chance de chegar aos 120 anos, pelas sortes medicinais, já o vi em mim, ó pobre, nos meus 35 anos, limitado, fatigado pelos excessos, que apenas me caberia a chance de escolher. Porém, hoje estou confuso, muito confuso, acho que na verdade estou sensibilizado pelas últimas semanas, desnorteado e perdido que levantei para escrever esse texto. Dizer, Sarcantus, acho que dessa vez você ganhou. Há tempos que não nos vemos, que não sentimos um ao outro, que nossas limitações haviam cessado. Mas aí te digo, tão puro, jovem e forte, desnorteadamente vivo, veementemente vivo, achei que tivesse te exorcizado.
Você responde que não, em nossa loucura naturalmente seremos um. Primorosamente seremos um, e que não há nada descartamente nos separando. “Como eu gostaria de ajudá-lo, fazê-lo ser realmente quem é. Deixar que nossas limitações tão humanas nos fizesse história.”, “te digo que não, seu animal, uma desculpa não pode servir para criar outras, sua perturbação não é minha perturbação, apesar de nossas inerências.”
“A vantagem de te ter é poder usá-lo”, “É assim que nós somos, como escravo seu, você escravo meu, a cada dia há mais de mim em nós, impulso autocriativo, reacionário e singelo, eu sou sua fraqueza e você meu disparate. No universo de paralelos, eu ainda me destaco e conduzo as mesmas canetas de outrora”.
Hoje, eu tive a clara sensação da minha morte, sim. Juro, algo que poderia se dar até o fim deste ano. Algo do óbvio de eu não querer, mas ter a força das certezas é um incômodo. Porém, digo, todas as minhas visões são supracoletivas, capazes de serem administradas, reavaliadas, reescritas. É o que estou fazendo agora, reescrevendo-me, dando a certeza de que não haverei derrota. Sim, não haverei.
Há por um outro o salvo-conduto, a você que é tão presente, quanto eficaz, me enfraquece me estimulando, a você, Capiroto, te uso como brincadeira por não te desejar, já me basta Sarcantus como demônio pessoal, vá atrás dos evangélicos que tanto te devoram. Eu tenho mais o que fazer. Não me limite, pois você sabe de minha força. Não é meu requisito espiritual, mas você sabe quem eu sou, e dessa briga eu tenho saudade.
Ao momento estou segurando o choro, pois gostaria de ver minha filha crescendo e o eu filho que está por vir. Sinto-o tão próximo, como me foi Sofia, que o vejo me chamar. Sonho com ele. Ele me vem. Por confissão, afirmo que sei quando vem, alguém me disse que teria chance de chegar aos 120 anos, pelas sortes medicinais, já o vi em mim, ó pobre, nos meus 35 anos, limitado, fatigado pelos excessos, que apenas me caberia a chance de escolher. Porém, hoje estou confuso, muito confuso, acho que na verdade estou sensibilizado pelas últimas semanas, desnorteado e perdido que levantei para escrever esse texto. Dizer, Sarcantus, acho que dessa vez você ganhou. Há tempos que não nos vemos, que não sentimos um ao outro, que nossas limitações haviam cessado. Mas aí te digo, tão puro, jovem e forte, desnorteadamente vivo, veementemente vivo, achei que tivesse te exorcizado.
Você responde que não, em nossa loucura naturalmente seremos um. Primorosamente seremos um, e que não há nada descartamente nos separando. “Como eu gostaria de ajudá-lo, fazê-lo ser realmente quem é. Deixar que nossas limitações tão humanas nos fizesse história.”, “te digo que não, seu animal, uma desculpa não pode servir para criar outras, sua perturbação não é minha perturbação, apesar de nossas inerências.”
“A vantagem de te ter é poder usá-lo”, “É assim que nós somos, como escravo seu, você escravo meu, a cada dia há mais de mim em nós, impulso autocriativo, reacionário e singelo, eu sou sua fraqueza e você meu disparate. No universo de paralelos, eu ainda me destaco e conduzo as mesmas canetas de outrora”.
Hoje, eu tive a clara sensação da minha morte, sim. Juro, algo que poderia se dar até o fim deste ano. Algo do óbvio de eu não querer, mas ter a força das certezas é um incômodo. Porém, digo, todas as minhas visões são supracoletivas, capazes de serem administradas, reavaliadas, reescritas. É o que estou fazendo agora, reescrevendo-me, dando a certeza de que não haverei derrota. Sim, não haverei.
Há por um outro o salvo-conduto, a você que é tão presente, quanto eficaz, me enfraquece me estimulando, a você, Capiroto, te uso como brincadeira por não te desejar, já me basta Sarcantus como demônio pessoal, vá atrás dos evangélicos que tanto te devoram. Eu tenho mais o que fazer. Não me limite, pois você sabe de minha força. Não é meu requisito espiritual, mas você sabe quem eu sou, e dessa briga eu tenho saudade.
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