O peito se reconforta em calmaria. Era o sopro juvenil do inverno chegando. Como princípio, é apenas um vento doce, que faz com que o homem a si se abrace. Porém, era apenas o princípio que de lhe é novo momento, e não somente tanto a ti, havia o reconforto do novo abraço. Passou os últimos cinco anos sofrendo do mesmo ataque cardíaco na incerteza da inanição corpórea. E por mais que os remédios de Pirassununga o reconfortassem por uma noite ou outra, minguando em braços pagos de branda aurora, nunca um homem se completa quando não se percebe na pungência do olhar de uma alguém.
É o que se precisa, na paz do outro, a própria paz. Saber que o sorriso que se solta é sorriso só seu, e se é sim só na sua síntese de um, o mais certo de todos, é agora o mundo que brilha na única capacidade de existir. É assim que se pensa quando se pensa estar no pensamento ali. É assim, na sua frente, a graciosidade do respeito do sentimento. Era ela, rindo, abraçando-me para fugir do inverno que se chegava.
Para cada um, o verdadeiro passo tem um centímetro motivado pela vitória, mas a vitória, como troféu na força de um novo homem, tem um quê de abstração que talvez muitos não entendam. É aqui, porém, que muitos entram não com a ponta do pé, mas com a sola do próprio sapato, tentando minguar a raiz do que se faz presente na plantação abstrata da vitória. Poucos gostam de ver um feliz sorrindo, e por isso, na capacidade intelectual humana, razão inversa da própria felicidade, tentam minar o que se constrói na beleza outrora. Porém, lhe digo aqui, nada fará minguar a plantação que se surge em nossos campos. É inverno, sim, época de deixar o campo descansar, mas é hora de estruturar a plantação. E ela já estar por vir, aí; sei que sente um tanto a força da necessidade de arar a terra.
Agora, me pergunto, qual é o quê do escritor que não sofre? Qual é o quê do leitor que não se vê no texto? É inverno, ponto, momento de catar algumas folhas que caem, cuidar de algumas plantas que secam, cuidar do espírito que se acalma. É inverno, pronto, mesmo no brilho do sol que range as nuvens frias lá no céu. E não mais do que Sol, aurora, fica o brilho do raciocínio. Mesmo frio nas nuvens, é no Sol-aurora que se permeia a intensa qualidade do próprio brilho. E se se passou o tempo do calor, é no intuito do raio dos seus olhos que encontrarei a divina aurora. E não foi mais durante do que cinco minutos que se encontrou o excesso da raiva nessa sua certeza. É a linda força que Vi, capacidade única que fez o escritor fugir dos textos tristes e escrever algo reconfortante. É inverno, sei, mas com o mais polvoroso brilho que o mundo pôde fornecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário