terça-feira, 23 de dezembro de 2008

antes que eu esqueça

Eu precisei mentir
dizer que não te amava tanto assim
que aquela gota d'água era o fim
e que esperança não havia mais
pensei assim: quem sabe assim?

As mentiras que te conto são, de fato
as verdades que eu prefiro acreditar
que a vida segue em frente a fluir
e não espero aflito um encontro
e não me causa sonho
nem me tira o sono
a lembrança áurea
do oceano infinito em teu olhar.

9 comentários:

Unknown disse...

Gostei da parte em que diz das mentiras que o eu lírico prefere acreditar. Digo, pq sou um pouco assim, só pra sair da rotina...

Unknown disse...

Vc já tá pegando o ritmo da poesia, mas falta ainda ampliar seu tema, muitos são muito parecidos ou refletem uma mesma consideração: você anda sofrendo, amigo? Ou ela não te dá bola?

beijos - risos!!!!

°°mila°° disse...

xiii. Foi pro lado pessoal.
Infelizmente, creio que são nos momentos mais difíceis que nos vemos mais inspirados. Se o calixto estiver certo, esta dor de amor pode aprimorar seu jeito com a poesia.

Cerestino disse...

bom, na verdade estou bem, e ela também... não to sofrendo não, pra falar a verdade, eu imaginei: como seria se ela me deixasse e tal... aí escrevi. Maluquice né? hehe

E vc tem toda razão eu tenho que expandir meu tema...

brigado calixtão!!!!

Unknown disse...

Tá vendo, dizem que poeta sofre o que ele não sofre, e quando não sofre, arranja motivo para sofrer. Isso aí é coisa de quem precisa de eu-lírico, de quem quer escrever por voz poética, ou seja, todo mundo que escreve. hehehe, eu preciso, tu precisas, ele também tá dando uma precisadinha, sacumé? Pois bem, escrever é isso mesmo, saber que existem palavras que devem ser sentidas, mesmo que nunca tenhamos sentido aquilo que escrevemos. É normal, é da vida, é de todo mundo. Mas te dou a dica de ler João Cabral de Melo Neto, o único poeta no mundo que usou elementos dissertativos para escrever poesia, e assim ele abriu mão do eu-lírico, escrevendo da memória, dessa maneira criou poesias analíticas e vivas, engenhosas, profundas. Sabe o que eu sempre penso? Não precisamos escrever sobre o amor ou sentimentalismo, pois todos já escreveram sobre eles, por isso textos assim soam clichês, lugar-comum, então, velhos. Não estou chamando seu texto de velho, meu companheiro, longe disso, mas aqui entra a proposta do próprio grupo, discutir arte e o que produzimos ou foi produzido por todos. Valeu, grandioso? Beijos

Cerestino disse...

tranquilo Calixto. Eu tava pensando mesmo sobre esse assunto ontem, que se vc for parar pra pensar, 'tudo já foi dito'.

Entretanto, há duas coisas a se considerar: primeiro que há formas diferentes de se dizer a mesma coisa, e acho que muito da dita obra de arte inovadora, é mais uma nova forma de dizer a mesma coisa. Sem com isso diminuir a sua beleza, nem um pouco. Em segundo lugar, as vezes é preciso que as coisas se repitam mesmo, eu acho. Penso ser possível fazer algo nem tanto original e de qualidade, que 'fale ao coração'. Porque são dois extremos, se vc fizer algo muito clichê, não preciso nem falar que fica ruim. E se fizer algo muito, muito muito original, soa estranho, e não acho que seja porque nós, receptores não estejamos "preparados" e tal... rs...

não sei se me fiz entender... hehe

Unknown disse...

Sim, fez sim, e tô vendo que esses exercícios de discussão pra ti estão sendo ótimos, sejamos sinceros, a parte de comentários tá melhor do que o próprio blog em si! ehehehehehe É disso que o povo gosta!!!

Cerestino disse...

é, os comentários estão sendo ótimos mesmo! E acho isso legal, ter os textos no blog como o pontapé inicial. Afinal, como diz a chiquinha [chaves]: da discussão nasce a luz!

Unknown disse...

Com certeza, acho até uma boa discutirmos o máximo que se pode, mas aí podemos usar isso como material até mesmo para preencher o blog.

Outro detalhe, eu estou sem teu telefone, me passa aí depois.

beijinhos

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