Assim fez João
que desobedeceu Maria
Varou noite em dia
e disse nada ser em vão
Chorou o que podia
jovem descrente Maria
Da lágrima surgiu enchente
foi João descendo contente
Pegou garupa na tristeza da menina
que era sua nos contos da vida
Realidade triste a que se fia
Nascer João e só ser de Maria
Mas um dia além da cachaça
saiu João sem rumo na caça
e encontrou chorando Zezinho
quase afogado no meio do caminho
Chorava por ser só piada
e não chegar perto da fessora amada
que sempre o fazia pergunta
vinha palavra que não era sua
e disse conhecer um amigo
que triste ficava sozinho
seu nome era Luizinho
grande homem no diminutivo
Outro que pegou carona
em histórias que não eram suas
sem nome, a piada desmorona
humoristas de histórias vagabundas
Queria ser mais que coadjuvante
neste mundo de meninos errantes
Tinha sonho de ser cosmonauta
E não findado na mesma pauta
Lá foram João, Luizinho e Zezinho
pular carnaval sem peso de sono
o mundo, turbilhão de el-ninho
pequenos garotos, num mundo sem dono
2 comentários:
Acehi muito criativo calixto. Eu por exemplo nunca pensei- desculpe se interpretei errado- em fazer uma narrativa breve, com personagens e tão cotidiana me formato de poesia.
É a psicanálise das piadas, ou melhor, dos personagens que compõem as piadas. Peguei joão, zezinho, pedrinho e mais alguns outros (mas preferi fazer um paralelo com os sobrinhos do Donald) e escrever um poema em que eles estivessem tristes com a vida que levavam. Peguei os temas comuns, sexo, escola, e transformei em poesia, ou melhor, fiz piada (ou tentei) com aqueles que sempre fazem piada.
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