...perdi mais alguém. Desta vez, como de saudade, a morte me retorna. Não no derradeiro homem que digita, mas naquele que se coroa de saudade e de peso. Peso de saudade. Peso de culpa. Mais um amigo meu se foi. Desta vez, sem que eu soubesse que estava indo. Agora, de perto, um tanto de longe, só lhe soube depois de ido que havia ido. É um choque. Não por somente ter ido, mas o quanto eu não vi de suas mensagens.
Ah, meu amigo, me diga o porquê? Pessoas jovens, ou semi-coroas, como é o nosso caso, ainda têm que se dar o luxo de ficarem velhos, de deixar as rugas transplantarem a juventude, de viver a nostalgia dos bons tempos, das nossas meninas, dos nossos meninos, do que nós éramos. Mas aí vem a Morte, e como egoísta que é, te ceifa, e me ceifa mais um, na velha vitrine de limitação do corpo. Você me é mais um que demonstra que alma e corpo não se combinam, mas que um aprisiona o outro e a Morte equilibra as equações. Só que no seu caso, a Morte lhe foi palíndromo. Inverteu as escolhas, trocou os papéis e te levou.
Para mim, ela não tinha dado provas de te querer. Sim, por favor, não grite até, sei que estávamos há mais de três anos sem nos ver, que nosso último contato, lá em casa, Copa de 2006, e você preso no banheiro, jogando desodorante de um lado para o outro. Até te disse, você é de casa, não precisa de desodorante pra esconder humanidade. Agora, eu estou sem você, até todos nós, eu, a mim mesmo, você, até sem ti, meus irmãos, ainda buscando ar, até Meiquilo, o poodle, todos estamos tristes. Estamos severamente tristes, pois agora você está mais do que longe. E olha que era vizinho, tudo bem, de Tijuca para Tijuca é não mais do que dois pontos de Meia Zero Meia.
Esqueça a piada. Mas saiba que não vou te esquecer. Sim, eu também sabia da tua escolha, como Fábio, Petrônio, Riquinho, Dani e de todo mundo, sabíamos que o único que não sabia era você. Mas não te negamos peito, nem muito menos carinho. Eu só me nego a acreditar que esse sorriso bobo e torto que está na página do teu Orkut será a última forma de contato que terei contigo, Bertu.
Ah, meu amigo, me diga o porquê? Pessoas jovens, ou semi-coroas, como é o nosso caso, ainda têm que se dar o luxo de ficarem velhos, de deixar as rugas transplantarem a juventude, de viver a nostalgia dos bons tempos, das nossas meninas, dos nossos meninos, do que nós éramos. Mas aí vem a Morte, e como egoísta que é, te ceifa, e me ceifa mais um, na velha vitrine de limitação do corpo. Você me é mais um que demonstra que alma e corpo não se combinam, mas que um aprisiona o outro e a Morte equilibra as equações. Só que no seu caso, a Morte lhe foi palíndromo. Inverteu as escolhas, trocou os papéis e te levou.
Para mim, ela não tinha dado provas de te querer. Sim, por favor, não grite até, sei que estávamos há mais de três anos sem nos ver, que nosso último contato, lá em casa, Copa de 2006, e você preso no banheiro, jogando desodorante de um lado para o outro. Até te disse, você é de casa, não precisa de desodorante pra esconder humanidade. Agora, eu estou sem você, até todos nós, eu, a mim mesmo, você, até sem ti, meus irmãos, ainda buscando ar, até Meiquilo, o poodle, todos estamos tristes. Estamos severamente tristes, pois agora você está mais do que longe. E olha que era vizinho, tudo bem, de Tijuca para Tijuca é não mais do que dois pontos de Meia Zero Meia.
Esqueça a piada. Mas saiba que não vou te esquecer. Sim, eu também sabia da tua escolha, como Fábio, Petrônio, Riquinho, Dani e de todo mundo, sabíamos que o único que não sabia era você. Mas não te negamos peito, nem muito menos carinho. Eu só me nego a acreditar que esse sorriso bobo e torto que está na página do teu Orkut será a última forma de contato que terei contigo, Bertu.
Seu Pilantra, sempre foi muito discreto. Às vezes, até caricato, com sua forma de falar, com sua forma de rir... mas você não tinha o direito de se esconder por tanto tempo. Tudo bem, eu também errei, então deixemos nossos erros e vivamos as nossas lembranças. Só que não sai da minha cabeça o seu pedido no meu Orkut, Márcio, quando vamos nos rever? Quero conhecer a sua filha, poutz, você não sabe como isso dói. Fico te imaginando aqui em casa, nós dois rindo sem motivo, discutindo baboseiras só para ter o que falar. Mas agora eu me calo, pois eu te negligenciei. Por favor, me perdoe, saiba que realmente você tem um espaço eterno bem aqui perto, sei que um dia vou te ver, o chato vai ser vê-lo com cara de meninão, possivelmente me perguntando como andam as coisas, e te direi, andam bem, e agora que te vejo aqui, realmente...
E Papai do Céu te levou
4 comentários:
nem sei o que dizer, Calixto...
se servir de consolação, cada palavra aqui expressou a melancolia da perda, típica da ação da dona morte..
to aqui contigo, cara!
Valeu cara,
o foda é que quem me contou da morte do amigo foi o Orkut. Não sei o que foi pior...
Dois momentos que nunca sei o que dizer: qdo alguém nasce e qdo alguém morre. As palavras soam sempre iguais.
Desejo força pq sei que você tem a vera!
E sua homenagem foi deveras linda!
Ô meu amigo, um abraço!
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