Reafirmar que não tenho tempo para escrever pode soar redundante. Como o é. Mas para um escritor amador pela falta de uma banca rítmica financeira, mas profissional em sua vontade de ser escritor posso me dar a liberdade de afirmar minha redundância. O ato de gostar de escrever me leva sempre para os teclados. É uma forma de existir, ou de me manter vivo.
É engraçado como encontramos formas de julgar necessária a nossa existência. A vida é apenas um invólucro de carne, uma linearidade entre os órgãos, uma simbiose entre os fluidos. Distante disso, a vida é apenas a consistência de se manter vivo. Mas como humanos, a nossa carne se treme de consciência, e esta – essência da alma – faz com que nos modifiquemos em nossas convicções. Hoje estou aqui para escrever sobre a vida – ou a arte do equilíbrio do corpo.
Biologicamente sabemos que a vida é uma consideração dos sistemas. Quimicamente a vida é uma ordenação de Carbono Hidrogênio Oxigênio e Nitrogênio. Não mais do que isso. Astronomicamente a vida é uma consequência da morte de Estrelas, que puderam fornecer matéria química para a vida. Tudo bem, existem os seres unicelulares, unindo-se, multiplicando-se, até chegar a tudo que conhecemos. Religiosamente a vida é uma dádiva. Para outros, a vida é um claustro, para alguns apenas uma bela merda, mas na maneira que ela vem, ela vai. Tudo bem, mesmo com essa nova redundância, a vida é apenas um artifício dos equilíbrios, espinhado pela vida moderna e seus cânceres e violências. E como vivos, violentamo-nos para que a vida se faça vida, ou algo que possamos suportar. Transformamos nossa capacidade em clausura para outros, criamos um sistema de organização, trouxemo-nos o dinheiro, trocamos coisas em função de importâncias chulas e tudo mais que a modernidade trouxe de questionável – todos já sabemos. Mas a experiência de vida – o prazer – é que deve ser realmente a grande intenção de nossa consciência. E passamos a evitá-la. Houve uma propaganda que ousava afirmar que a vida só começa aos 55 anos. Sim, somente depois que se aposenta. Até lá você é escravo da sociedade, do mundo, da engrenagem que move as montanhas financeiras. Sempre me causou repugnância o fato de vivermos só para o dinheiro – apesar de já ter vivido para ele. O dinheiro é importante, mas ele não é o todo. Outra redundância. Só que o fato de vivermos as mesmas consistências tem me incomodado um pouco.
Não sei se devemos apenas ser burocracia. Não sei se devemos ser apenas dinheiro. Não sei se também devemos ser só amigos. A vida é um equilíbrio que deve respeitar suas ambições, e esta não deve ser sinônimo de dinheiro. Sei que o discurso já é de domínio público, mas certos clichês deveriam ganhar o patamar de pedestal. Este é um. Eu até estava esperançoso com uma possível Nova Ordem Mundial com essa questão da crise. Pensei que pudesse ver pessoas – um tanto número maior do que hoje – que vivessem a consciência de que o dinheiro deve apenas existir para sustento. Ele não é reflexo de sua grandiosidade. Até porque ser grande não é estar no mais alto andar de sua empresa. Tudo bem, você quis a vida inteira dirigir uma Ferrari – eu também quero – mas será que vale a pena se vender por tudo isso? Esse é meu ponto. Hoje eu trabalho para pagar os carros e a casa. Depois que terminá-los, vou pagar as viagens que quero. Não busco uma casa maior. Não busco o carro dos melhores. Gosto de carros. Gosto da casa. Mas sucesso é viver tudo no aumentativo?
Não quero apenas defender uma mesma bandeira. Mas a vida é apenas a consistência de que ela não é apenas peremptória, mas deve ser vivida como Carpe Diem. Sei que com o tempo haverá aqueles que possam pertencer a essa percepção. Até conheço alguns que escolheram essa filosofia por uma pura questão de escolha, não por limitação de suas capacidades. Tomara que isso se torne uma constância. Quem sabe, uma Nova Ordem. Sei que hoje escrevi autoajuda, uma nova redundância social. Mas e daí? A arte de escrever deve apenas retratar uma consciência. Nesse caso, minha vida é isso. Sorte minha que escrevi até aqui. Graças a Deus.
É engraçado como encontramos formas de julgar necessária a nossa existência. A vida é apenas um invólucro de carne, uma linearidade entre os órgãos, uma simbiose entre os fluidos. Distante disso, a vida é apenas a consistência de se manter vivo. Mas como humanos, a nossa carne se treme de consciência, e esta – essência da alma – faz com que nos modifiquemos em nossas convicções. Hoje estou aqui para escrever sobre a vida – ou a arte do equilíbrio do corpo.
Biologicamente sabemos que a vida é uma consideração dos sistemas. Quimicamente a vida é uma ordenação de Carbono Hidrogênio Oxigênio e Nitrogênio. Não mais do que isso. Astronomicamente a vida é uma consequência da morte de Estrelas, que puderam fornecer matéria química para a vida. Tudo bem, existem os seres unicelulares, unindo-se, multiplicando-se, até chegar a tudo que conhecemos. Religiosamente a vida é uma dádiva. Para outros, a vida é um claustro, para alguns apenas uma bela merda, mas na maneira que ela vem, ela vai. Tudo bem, mesmo com essa nova redundância, a vida é apenas um artifício dos equilíbrios, espinhado pela vida moderna e seus cânceres e violências. E como vivos, violentamo-nos para que a vida se faça vida, ou algo que possamos suportar. Transformamos nossa capacidade em clausura para outros, criamos um sistema de organização, trouxemo-nos o dinheiro, trocamos coisas em função de importâncias chulas e tudo mais que a modernidade trouxe de questionável – todos já sabemos. Mas a experiência de vida – o prazer – é que deve ser realmente a grande intenção de nossa consciência. E passamos a evitá-la. Houve uma propaganda que ousava afirmar que a vida só começa aos 55 anos. Sim, somente depois que se aposenta. Até lá você é escravo da sociedade, do mundo, da engrenagem que move as montanhas financeiras. Sempre me causou repugnância o fato de vivermos só para o dinheiro – apesar de já ter vivido para ele. O dinheiro é importante, mas ele não é o todo. Outra redundância. Só que o fato de vivermos as mesmas consistências tem me incomodado um pouco.
Não sei se devemos apenas ser burocracia. Não sei se devemos ser apenas dinheiro. Não sei se também devemos ser só amigos. A vida é um equilíbrio que deve respeitar suas ambições, e esta não deve ser sinônimo de dinheiro. Sei que o discurso já é de domínio público, mas certos clichês deveriam ganhar o patamar de pedestal. Este é um. Eu até estava esperançoso com uma possível Nova Ordem Mundial com essa questão da crise. Pensei que pudesse ver pessoas – um tanto número maior do que hoje – que vivessem a consciência de que o dinheiro deve apenas existir para sustento. Ele não é reflexo de sua grandiosidade. Até porque ser grande não é estar no mais alto andar de sua empresa. Tudo bem, você quis a vida inteira dirigir uma Ferrari – eu também quero – mas será que vale a pena se vender por tudo isso? Esse é meu ponto. Hoje eu trabalho para pagar os carros e a casa. Depois que terminá-los, vou pagar as viagens que quero. Não busco uma casa maior. Não busco o carro dos melhores. Gosto de carros. Gosto da casa. Mas sucesso é viver tudo no aumentativo?
Não quero apenas defender uma mesma bandeira. Mas a vida é apenas a consistência de que ela não é apenas peremptória, mas deve ser vivida como Carpe Diem. Sei que com o tempo haverá aqueles que possam pertencer a essa percepção. Até conheço alguns que escolheram essa filosofia por uma pura questão de escolha, não por limitação de suas capacidades. Tomara que isso se torne uma constância. Quem sabe, uma Nova Ordem. Sei que hoje escrevi autoajuda, uma nova redundância social. Mas e daí? A arte de escrever deve apenas retratar uma consciência. Nesse caso, minha vida é isso. Sorte minha que escrevi até aqui. Graças a Deus.
5 comentários:
Me inspirei, me encontrei aí dentro.
Vai que seu destino é escrever auto ajuda?
Poxa, não se perde não!
Meu negócio mesmo é escrever, simplesmente! Não quero pensar autoajuda! Quero pensar literatura!
Caramba, Betta, eu li uma coisa sua e escrevi outra! Foi mal!
Sem problemas!
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