Não é de se esperar que um movimento se crie a partir de uma convicção. A internet foi a chance de se dar uma voz aos excluídos, aos não-cult, aos nerds e outros marginalizados. E eu, como mais um desses, não como síntese de todos, mas como um excluído natural, meu pedido antirromântico ainda está de pé. Como seria bom encontrar a síntese da vida em apenas uma única pessoa: você.
A você, que ainda não me existe, mas sei que foi feita para mim, eu sou você, e você é o meu eu. Já disse Cacaso uma vez, Eu e meu amor / fomos feitos um pro outro / só falta quem nos apresente. Com um título para lá de sintético, The End, também peço o fim, ainda o fim, do romantismo ortodoxo.
Num primeiro momento, eu até fui mal interpretado – mas meus leitores foram vítimas apenas de um texto sintético – não é o romantismo que se busca de fim, mas finalidade ao romantismo comum, cotidiano, gostoso de se viver. Esse mesmo romantismo que se vive de dedinhos cruzados, cabelinhos enrolados, carinho no rostinho delazinha. Enrolar os seus cabelos, pois eles não têm chance, são enrolados demais. Fazer carinho nela, pois o que se vem depois é mero caminho do cotidiano da vivência. Ver que seus dentes estão um pouco amarelos – o que tem? – puxar com carinho esse pelinho que sai do seu queixo por demais grande, eu os acho lindos. Não sou o Gregory Peck que a Deborah Kerr, mas se ela quer, que assim o faça. Nada de cruzes, medo, ou excesso de saliência, é apenas um equilibriozinho, daqueles bem docinhozinho de se ver. Ter a chance de escutar o seu cheiro – dúbio, não? – bem aqui no meu ouvidinho, quando você me vem com o nariz e me acorda – resolvida a dualidade?
Eu, que não sou personagem já-sendo, que escrevo o que não escrevo, o praticismo da praticalidade. Eu que te quero, que te amo porque te amo, sem razão já-justificada, nesse muito de um pouco. A você que existe, mas tão longe, acaba por não existir, a longínqua. O que eu realmente gostaria é de que todos e todas, sem preconceitos, apenas pelo simples júdice da felicidade pudessem viver, alheio a todos os defeitos. Mas somos dotados de julgamento, da problemática da comparação, e aí tudo se vai.
Peço, ainda, a todos aqueles que representam a marca da beleza do romantismo, com carinho, por favor, desapareçam, e deixem que os outros, esses todos, excluídos, possam também viver o caminho da felicidade mais simples, na pura desrazão do amor.
A você, que ainda não me existe, mas sei que foi feita para mim, eu sou você, e você é o meu eu. Já disse Cacaso uma vez, Eu e meu amor / fomos feitos um pro outro / só falta quem nos apresente. Com um título para lá de sintético, The End, também peço o fim, ainda o fim, do romantismo ortodoxo.
Num primeiro momento, eu até fui mal interpretado – mas meus leitores foram vítimas apenas de um texto sintético – não é o romantismo que se busca de fim, mas finalidade ao romantismo comum, cotidiano, gostoso de se viver. Esse mesmo romantismo que se vive de dedinhos cruzados, cabelinhos enrolados, carinho no rostinho delazinha. Enrolar os seus cabelos, pois eles não têm chance, são enrolados demais. Fazer carinho nela, pois o que se vem depois é mero caminho do cotidiano da vivência. Ver que seus dentes estão um pouco amarelos – o que tem? – puxar com carinho esse pelinho que sai do seu queixo por demais grande, eu os acho lindos. Não sou o Gregory Peck que a Deborah Kerr, mas se ela quer, que assim o faça. Nada de cruzes, medo, ou excesso de saliência, é apenas um equilibriozinho, daqueles bem docinhozinho de se ver. Ter a chance de escutar o seu cheiro – dúbio, não? – bem aqui no meu ouvidinho, quando você me vem com o nariz e me acorda – resolvida a dualidade?
Eu, que não sou personagem já-sendo, que escrevo o que não escrevo, o praticismo da praticalidade. Eu que te quero, que te amo porque te amo, sem razão já-justificada, nesse muito de um pouco. A você que existe, mas tão longe, acaba por não existir, a longínqua. O que eu realmente gostaria é de que todos e todas, sem preconceitos, apenas pelo simples júdice da felicidade pudessem viver, alheio a todos os defeitos. Mas somos dotados de julgamento, da problemática da comparação, e aí tudo se vai.
Peço, ainda, a todos aqueles que representam a marca da beleza do romantismo, com carinho, por favor, desapareçam, e deixem que os outros, esses todos, excluídos, possam também viver o caminho da felicidade mais simples, na pura desrazão do amor.
Um comentário:
Até hoje tento descobrir se sou um excluído ou um romantico em busca de um romance antigo, antiquado, que me faça não mais me sentir excluído. Acabo de perceber que sou uma mescla dos dois. Acredito no romantismo dela com todas as suas imperfeições porque creio que é exatamente isso que a faz perfeita para mim.
Lindo texto, Calixto! Um dia eu chego lá! rsrs
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