A vantagem de um título direto é a sinceridade que ele transparece. Há um certo tempo eu convidei duas novas integrantes para compor o crew dos Pictorescos. A escolha foi até bem simples: qualidade. Não fiz seleção, nem teste, nem nada disso que pudesse qualificar essas duas novas integrantes ao grupo. Mas uma coisa eu tinha em mente, precisava chamar meninas para o grupo, ultimamente nossas considerações aqui estavam muito masculinas.
Também não fui seletivo quanto ao tipo de pessoa que para aqui viria. Desde o início, o grupo sempre foi aberto a receber qualquer colaborador que venha a somar perspectiva, ideia, análise e principalmente tivesse perspicácia para poder somar. Essas duas novas autoras eram até fãs do grupo, mas declaradamente, abertamente, eu era apaixonado por elas, como pessoas, como escritoras. Chamei duas alunas: as irmãs Zdanowsky, Paula e Bárbara.
Primeiro: eu precisava melhorar – e muito – a beleza física desse grupo. Danilo – um dos colunistas que nunca escreveu – é feio de dar dó. Cerestino, também aluno meu, coitado, percebeu desde cedo que para conseguir um amor precisaria da lábia da poesia. Ainda bem que escreve bem. Eu, por sua vez, sempre fui um Godzilla com cavanhaque, os irmãos André e Marcus Vinícius também são exóticos. O grupo, antes, é fisicamente feio. Agora, a coisa toma outro rumo. E além de serem lindas, são fantásticas, inteligentíssimas, e escrevem bisonhamente lindo. Cada texto se mostra ímpar, tanto quanto aqueles que corrigi como professor, quanto aqueles outros que li de produção própria. São de chorar multidão, de uma sutileza e catarse para lá de assombrosos. Algo que até os nossos escritores aqui têm, mas que possui aquela visão masculina, densa, pugilística. Elas são flores em ventania forte.
Bárbara é a observadora, eloquente e firme. Precisa. Paulinha é a vivente, catalisadora. Também precisa. Nasceram com a mão afiada e com o lápis pronto. E o pior, as duas têm um sorriso para lá de contagiante, de dentes muito brancos, bem contrário a esses amarelos meninos de sorriso de Coca-cola. Elas são caviar de qualidade em festa de rico. Nós somos pastinha de soja em festa de emergente. Antes de mais nada, eu não estou desmerecendo os autores que temos, eles são fina flor, mas elas são a flor fina num jardim só verde.
Bem vindas, Paula e Bárbara, ou como ficarão conhecidas, as Irmãs Zdanowsky! E coloquem todos aquelas prosas e poesias que já me fizeram chorar sozinho no banheiro do Pré-universitário de Araruama. Nunca tinha confessado isso, pois às vezes eu preciso manter a máscara de rude, mas é só máscara mesmo.
(N.A.: Tenho que confessar algo, eu nunca consegui conversar plenamente com elas. Eu travo. Com as duas. Eu as acho divinamente fenomenal, e minha timidez acaba falando muito mais alto. Um dia talvez todos me entendam.)
5 comentários:
Calixto!! Que prazer ler um texto seu, mesmo que seja meramente informativo. Eu estava comentando com o Cerestino, outro dia, que estava sentindo falta dos seus textos. Depois que você começou com as segundas de literatura, nunca mais produziu um texto. Estou com saudades das suas crônicas e contos. Estou também ansioso para ler textos das irmãs, depois de tantos rasgados elogios. Elas devem ser boas mesmo para que você as elogie tanto. E, além dos textos, pelas características que você mencionou, gostaria de ver fotos delas também!!rsrs Fiquei curioso(minha namorada que me perdoe. Ainda bem que ela não lerá isso.rsrs).
Um grande abraço.
Cara, a ausência dos meus textos se dá por uma breve questão de tempo. Pelo fato de ter me mudado para cá, estar dando mais aulas para pagar a casa e arrumando-a, eu não tenho tido tempo para escrever. Até mesmo, um dos motivos pelo qual eu crie a coluna da segunda, se deve a preencher o vazio que eu sabia que iria se desenhar.
Eu ontem estava lendo os blogs dos amigos e passei no seu. Ele está lindo, muito firme e bem escrito. Só faltou eu colocar aquele comentário, que eu deixarei. Os textos mesmos eu os profuzirei agora, nesse breve mês de Dezembro e durante Janeiro. A minha meta, para ser sincero, é terminar o Epopeia. Preciso dele terminado agora, o quanto antes. Há muito tempo estou nele e vou me dedicar o quanto antes. Vou andar mais um tempo sumido, por isso vou deixar o site a cargo desses talentos que aqui tenho.
O que já posso te dizer, estou produzindo uma série de textos para cá, numa coluna que eu estou definindo data para início, sem aviso para fim, tipo um seriado. Há algumas outras ideias também, que gostaria até de que você participasse, onde as irmãs também entram, mas ainda estou desenhando isso, aguarde.
Beijão pra ti, bonitão.
Aquele encontro em araruama eu estou marcando, tô apenas vendo data com a minha esposa.
Inté a próxima!
É bom ter novos ares artísticos nesse sarau virtual.
Estou mesmo atiçado a ver o produto da mente Zdanowskyana.
Só espero que elas produzam logo! Paulinha tem uns textos para lá de sinistros. Cada um mais belo que o outro.
É por isso que eu digo: o trabalho compensa, mas cansa. Eu não trabalho, mas por causa do vestibular, fiquei 20 dias sem colocar nada no blog. Só o atualizei ontem, dia 22. Vestiba tá brabeira!
Mudando de assunto, fiquei curioso e ansioso pelas ideias que você disse ter. Mudanças são legais e sempre bem-vindas. O blog tem potencial e um bom time.
Mudando mais ainda de assunto, Araruama que me aguarde!! UHUU!! Viu, Cerestino?! Eu fui chamado sim!!rsrs
Valeu, Calixto. Abração!
Postar um comentário