Esse moço foi uma bela descoberta que fiz!
Meio por acaso, ouvindo Los Hermanos [pausa rápida para nota de pensamento: bons músicos de levarão a boas músicas!], lembrei-me desse nome familiar. E lembrei também que apesar do nome, não me eram tão familiares assim suas canções. A não ser a do rapaz latino-americano sem dinheiro no banco...
[outra rápida pausa para outra nota de pensamento: ouçam as músicas menos famosas dos cantores que vocês pouco conhecem, haverá surpresas! Exemplificando, os próprios Hermanos!]
Bom, sobre a música da semana.
Confesso que é difícil comentar as músicas do Belchior! Ele me surpreendeu por uma caracteristica peculiar: ele critica os que criticam. Ele se revolta contra os revoltados. Ele denuncia a vacuidade da maioria dos cantores de protesto.
E faz isso na tranquilidade de quem sabe o que está dizendo sem saber absolutamente e ficando muito na paz com isso.
Começando com uma inesperada ironia anárquica:
Nesta terra de doutores, magníficos reitores, leva-se a sério a comédia!
E o alvo das conclusões de Belchior é um sintoma que muito ronda todos os, como os chamou Arnaldo Jabor MIs (Militantes Imaginários): a hipocrisia. O que se vê claramente ironizado em trechos como:
A musa-pomba do Espírito Santo - e não o bem comum! - Inspira o bispo e o Governante.
Velhos católicos, políticos jovens, senhoras de idade média,
- sem pecado abaixo do Equador - fazem falta e inveja ao inferno de Dante.
Não, não quero contar vantagem mas já passei fome com muita elegância. E uns caras estranhos - ordens superiores! Já invadiram minha casa... Mas com muito respeito!
There’s no business like soul business! There’s no Political solution, meus caros estudantes!
O velho blues me diz que, ateu como eu, devo manter os modos e o estilo...Réu confesso! Eles vão para a glória sem passar pela cama... Ou jesus não me ama ou não entendo nada do riscado!
E termina rindo:
Desculpem! Infelizmente não sou à prova de som nem de amor...de amor...
Um comentário:
Belchior é cara!
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