quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Epopéia Insignificante - letra de música

(Para alguns amigos, antes de ser conto, Epopéia era uma letra de música, que eu tocava com Os Congruentes. Estou colocando aqui como forma de catálogo da letra e mostrar ao grupo a soma de algumas idéias que estão chegando ao conto. Espero que gostem. Um abraço)


Epopéia insignificante

Enquanto Portas e janelas se fecham
O som das palavras incomodam mais quando ignoramos
Homens e mulheres se prendem a conceitos, feitos preceitos, preconceitos de uma nova forma de se unir

se não fizermos, quem fará por nós
Paredes se pintam com cores que agradam e nos dizem o que deve ser feito
Pois somos aquilo que podemos absorver
Fatos e formas nos confundem
surgem em nossas mentes cores feitas no escuro
Puro é o ser que deve conceber e se não for o que podemos fazer
Rejeitar é uma forma de destruir unir o nada ao acabado e incompleto
Rejeitar é uma forma de destruir unir o nada ao acabado e incompleto
Crianças correm por um campo virtual,mas que legal
Nem preciso me preocupar se ele vai se machucar
mas será que no final ele vai saber se levantar?
A imagem que te passo não é uma imagem real
mas quem liga? Nada mais é natural!

À base de remédios eu fico feliz
enquanto homens e mulheres peguntam se há um jeito
Outro jeito de ser mais perfeito
Mas mesmo assim portas e janelas não se abrem
se conformam, e não há nada mais pra se aceitar
Aceitem, aceitem, aceitem se quiserem
Aceitem, aceitem, aceitem se puderem
Mas o que vale é a imagem
O que somos em frente ao espelho
Somos aquilo por um desejo
Ou por que devemos ser assim
enquanto meninas e meninos correm pela vida
sentados em frente à tela viva
eu continuo a me preocupar:Onde vamos parar?
Mas mesmo assim minhas portas e minhas janelas
Nunca estarão abertas
Talvez coloridas com aquela cor sofrida

Para quem acha que o Natal não acabou...


Aí está a confirmação!


Epopéia Insignificante


(mensagem - este é apenas um conto experimental, que já estou escrevendo há certo tempo. Vou compartilhá-lo com vocês apenas a primeira parte, assim que eu terminar a segunda parte, eu a passo. Para isso, vou criar um marcador novo, específico, para facilitar leitura posterior. Espero que gostem, e por favor, críticas das mais lúcidas sempre)


1ª. parte - Aurora

I


Com o tempo, não lhe havia mais a agilidade dos passos. Nem muito menos o brilho incessante da corrida e da brincadeira, mesmo que o suor em seu rosto dissesse o contrário. Jazia parado, arfando, no canto do rio, ia sentando de cócoras, observando a casquinha de peixe que lhe chamou a atenção. Esquecera completamente a brincadeira de esconder que fazia com outros dois amigos da vila e que a essa hora estava sendo procurado e que iria perder. A casquinha passou a ser seu maior interesse naquele momento.

Conseguia escutar os passos nas folhas secas, alguém se aproximava com tanta vontade que até alguns poucos galhos eram vencidos e estalavam com gosto. Mas ali, apenas pensava na casquinha daquele peixe, fora da água, indissociável, em um luto eterno contrário ao fluxo do rio. Via aquele olho grande, esquerdo, seco, mas ainda negro, olhando para o alto como se mirasse o céu. Parecia pedir algo. Parecia era pedir ajuda.

Perdera. Sentiu o toque forte em seu ombro, por trás, quase o arremessando dentro do rio que corria rápido e incólume, indiferente ao peixe ou a ele. O rio, que sempre mantinha seu curso, nem mesmo lhe preocupava as pedras. Com toque, o menino retornou à brincadeira de esconder, agora, percebido, precisava mudar a situação. Viu o outro menino correndo para dentro da mata e não podia deixar barato. Pegou a casquinha de peixe, meteu-a no bolso, antes espanou um pouco da terra espessa e correu para tirar o atraso.

À noite, apenas observava-a. A luz da vela de seu quarto podia ser pouca, dançarina ao breve vento que se fazia, mas era capaz de fazer brilhar tudo que ele necessitava ver. O peixe não tinha nada dentro, podia sentir. Tocava com muita calma, pois tinha medo de a casquinha se desfazer em suas mãos. Ela estalava muito, e por isso segurava com muito cuidado. Viu que não tinha um buraco feito por bicho que pudesse ter tirado tudo dali de dentro. Então, como secara? Que tanto horror poderia ter ocorrido para deixar aqueles olhos tão pretos e aquela boca tão aberta? Será que o peixinho tinha morrido de susto? Ele viu o bicho-papão das águas? O menino deixa o peixe na cômoda atrás de sua cama, perto da vela e fecha os olhos com medo de acordar seco.

E ao acordar, tomou toda água que podia com os olhos bem fechados. Ficou com medo de secar que nem o peixinho. Sentiu todo o gole lhe descer e o deixar com a sensação de molhado. Quando voltou a seu quarto, viu que o peixinho ainda olhava para o alto, só que desta vez era o teto, e nada havia por lá. Pensou em enterrá-lo, para livrá-lo daquele susto, mas logo desistiu da empreitada. Se nem o rio quis enterrá-lo, por que ele o iria fazer? Resolveu, então, guardar o peixinho para ele. Pegou uma meia velha que havia no fundo do armário, uma preta, pois era a que não gostava, e guardou a casquinha de peixe atrás da última blusa de sair, até porque sabia que assim sua mãe não iria descobrir. Pensara que dessa maneira poderia estar livrando o peixinho do susto que o fizera morrer, e num canto escuro ele apenas olharia o escuro e nada mais. Não mais o espantaria o céu, ou o brilho lá de cima.


O peixe lhe trouxera uma certa angústia. Passou a olhar para o céu ou para o fluxo do rio na tentativa de compreender o que assustara o peixe. Passou horas olhando o mundo onde havia encontrado o bichinho, mas ali apenas havia o rio, havia as árvores, algumas poucas velhas e sem folhas, e havia o céu, brilhoso e cintilante, sem uma nuvem, não havia nenhuma que pudesse representar a alma do peixe. Ficou triste por descobrir que os peixes não tinham almas, ou que suas almas eram tão pequenas e não tinham o direito de possuir nuvens com sua forma. Mas ao mesmo tempo ficou feliz, pois naquele dia ninguém houve de morrer, pois não havia nuvens. Seus dois amigos ficaram pensando no que o havia endoidado, ali sentado olhando para baixo e para cima. E mesmo pedindo para que ele os contasse quase suplicando por que tanto olhava para o céu e para o rio, ele respondia que não sabia, mas que tinha de ver. Os dois desistem e voltam para a vila de pescadores.

Relutância



A cada dia em que escreve, mais a vontade se perde. A cada dia em que se lê algo, mais tem certeza de que não pode escrever. É assim que ando a pensar nos vários momentos que vivo, lendo e desfrutando palavras por todos os cantos. A internet e principalmente os sítios pessoais se tornaram um mundo de self-service literário, com produções e reflexões das mais distintas, a ponto de apenas ficar a vontade de ler e não mais produzir, não mais se produzir, e deixar de ser, se rir.

Mesmo assim a caneta é desafiada, e a vejo sendo desafiada, como algum clichê midiático, ela ali, a mão como imagem, ela apenas esperando. A caneta é instrumento, a mão é apenas contato, o resto é espírito, e não mais. Mas basta entrar em um novo universo e ver o profundo de vários talentos, homens e mulheres esses que você julga que nunca irão te aceitar, pois nem capacidade de ser emergente há de ser seu título. E assim me lembro no espelho, um não mais do que três, o que pode ser, o que quer ser e aquele que não é, três em um, como aqui, eu, ele e o você, suprimidos e superados antes mesmo de serem apenas um.

Sabe, essa viagem é apenas a sensação do que se quer ser, mas que é sublimado com a qualidade daquilo que é lido dia após dia, e por todas essas pessoas que sabem se existir, mesmo não tendo um tostão sequer na carteira, mas que estão aí, na exposição do mundo literário, aquilo que você também quer e não pode. É o virtuosismo do porém, do grunido sutil do porém, que está bem ali no canto, esperando a cena certa para aparecer, no seu mundo pomposo, nada mais do que a superficialidade da sofisticação de um bom pensamento, você sempre tem um porém, ele te espreita e te espera. E aparece na hora certa.

Mas surge aquela vontade de não ser vencido e pego a caneta. Ou melhor, dou a chance de algo qualquer existir, exercitando diariamente a vertente de um texto – mesmo que às vezes não passe de uma linha – e julgo que sou capaz de escrever. Esse julgamento é sempre potencializado naquilo que vejo que já escreveram, que eu gostaria de ter escrito, mas que ali está bem melhor, magistralmente melhor, e prefiro ficar calado, permissivo, cabisbaixo. Sutilmente vencido. Sabe de si em si, tu não possuis mais a simplicidade, e por mais que de ti em ti tu te escreves, falta-te a veemência, a sutil veemência daqueles que têm certeza. Teu erro é muito pensar, seja visceral. E o que apenas corrói são lembranças, ou certezas, as mesmas que não possui. E agora de caneta em mãos, ela te olha, perguntando, E aí, não vai rolar aquela usadinha?, e você fica engasgado com sua total incapacidade de existir.

Me vêm as palavras do meu melhor amado, Antônio Torres, um dos homens que amo, mal sabe ele que o amo tanto assim, e que me disse na Universidade, Esquece essa filosofisse, deixe de filosofar, apenas use palavras.

Eu tento, mestre, mas rabiscar papel tá tão difícil.

Entrego a caneta e os pontos. E sei que o que eu deveria fazer era não escrever, mas luto, reluto,re-luto, há outro luto, ato de ter luto, ou lutância, pancadaria, saber não se aceitar é a melhor coisa que posso usar para escrever. É não aceitando a mesquinharia da minha existência que acho que consigo ser alguém. Escrever não é lutar pelos outros, e deixar de ser pequeno. Como eu gostaria de ser assim.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Samba do Grande amor

Chico Buarque pode ser resumido numa palavra: mestre.

E essa música é uma dele que, no momento mais tem povoado meus pensamentos, não só pela letra mas pelo conjunto da obra.

Começando pela letra

o que normalmente se verifica num coração apaixonado? Calma, não digo qualquer paixão, digo aquela que chega a te deixar idiota. O que se verifica é a mais pura forma de exagero. Exagero no qual pode-se verificar, tranquilamente, uma bela, sem deixar de ser verdadeira, mentira [verdadeira mentira foi boa hein! rs].

E depois, vem a decepção. Decepção que o compositor mostra nos seguintes versos:

"Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador"

É o que acontece, muitas pessoas recorrem a esses tipos de comportamento - hostis - para fugir de sentimentos de dor.

Outras recorrem a uma alegria falsa, fingindo que está tudo bem:

"Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor"

Outros ainda, ao sarcasmo:

"E dou risada do grande amor"


Mas não passam de mecanismos de defesa [se algum piscólogo estiver na casa irá me ajudar nesse ponto]. Coisas que usamos para mascarar nossos verdadeiros sentimentos, que por vezes podem nos expor. Ou seja, no fundo, é tudo "Mentira".

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

AHA, UHU,Ô JC eu vou comer o seu ...

HÔ, HÔ, HÔ! Antes que eu me esqueça, Feliz Natal a todos.

Mas não vou escrever nada, aliás, não vou ousar, vou apenas deixar o link par o texto mais foda que já li sobre o Natal. Uma homenagem ao meu amigo Chico Torres, da época em que escrevíamos juntos para o Cocadaboa

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

antes que eu esqueça

Eu precisei mentir
dizer que não te amava tanto assim
que aquela gota d'água era o fim
e que esperança não havia mais
pensei assim: quem sabe assim?

As mentiras que te conto são, de fato
as verdades que eu prefiro acreditar
que a vida segue em frente a fluir
e não espero aflito um encontro
e não me causa sonho
nem me tira o sono
a lembrança áurea
do oceano infinito em teu olhar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A esfera do desejo

Assim fez João
que desobedeceu Maria
Varou noite em dia
e disse nada ser em vão

Chorou o que podia
jovem descrente Maria
Da lágrima surgiu enchente
foi João descendo contente

Pegou garupa na tristeza da menina
que era sua nos contos da vida
Realidade triste a que se fia
Nascer João e só ser de Maria

Mas um dia além da cachaça
saiu João sem rumo na caça
e encontrou chorando Zezinho
quase afogado no meio do caminho

Chorava por ser só piada
e não chegar perto da fessora amada
que sempre o fazia pergunta
vinha palavra que não era sua

e disse conhecer um amigo
que triste ficava sozinho
seu nome era Luizinho
grande homem no diminutivo

Outro que pegou carona
em histórias que não eram suas
sem nome, a piada desmorona
humoristas de histórias vagabundas

Queria ser mais que coadjuvante
neste mundo de meninos errantes
Tinha sonho de ser cosmonauta
E não findado na mesma pauta

Lá foram João, Luizinho e Zezinho
pular carnaval sem peso de sono
o mundo, turbilhão de el-ninho
pequenos garotos, num mundo sem dono

Primazia de um bom momento



















Quando se de cabo minha existência
E meu último dia se foi
Muito de mim se reconstruiu
Naqueles que por lá estavam

Mas a sombra daquela hora
que se cria em sangue parado
pouco seria justificado
se muito daquilo fosse revivido

Passamos horas lembrando
momentos bons de um passado belo
mas pouco vivemos de um presente eterno
a certeza da vida que pode ser criada

Damos preferência pela nostalgia
e pouco da vida se cria
preferimos os romances do passado
às histórias de agora

É como se não tivéssemos o direito
de criar dias que sejam perfeitos
o mundo roda pelo próximo dia
mas apenas queremos guardar o passado da família

História só é bela quando se justifica
passado de glória e certeza da vida
mas o presente é o refelxo da mais valia
que devemos ter hoje

Mas para mim meu hoje é retrato de lápide
e por mais que cada passo seu aja
saberei que ali se faz a eterna casa em laje
nos seus olhos, o concreto cerceia minha última mortalha

(Mais uma poesia minha, numa tentativa de achar que pode escrever. Uma boa tentativa, eu penso - façam os comentátios necessários)

domingo, 14 de dezembro de 2008

só pra descontrair [momento stand-up no pictorescos]

Vestibular é igual sexo. Na primeira vez que você tenta, você está uma pilha de nervos; quando se dá conta, já acabou e você tem aquela sensação de que não fez tudo o que devia ter feito e, a não ser que você seja muito fera, os resultados não são satisfatórios.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Todo Carnaval tem seu fim



Como você deve saber, não basta a uma música ter uma boa letra, é importante que ela tenha uma melodia igualmente boa, que as palavras combinem com as notas, etc.

"todo carnaval tem seu fim" é um belo exemplo da junção de letra e música numa 'massa' consistente e saborosa. A primeira música do álbum 'bloco do eu sozinho' é de uma criatividade deliciosa, o que é característico da [infelizmente] extinta banda Los Hermanos.

O começo é uma das partes de que eu mais gosto[talvez seja necessário aumentar o volume para ouvir melhor]. O sentimento vacilante daquele trombone é um título não lexico pra música, pois expressa a idéia que a música passa do carnaval. Pra quem já foi a alguns carnavais por aí, ouvir esse trombone é ver um filme do que que é o sambódromo pós-carnaval.

"toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
toda bossa é nova e você não liga se é usada"

fala da alienação em relação ao que nos cerca, aquela comoda teoria de: 'já que é pra se divertir, que se dane tudo. Po, é carnaval cara...' idéia essa que se chega ao clímax no refrão:

"deixa eu brincar de ser feliz,
deixa eu pintar o meu nariz"

o resto, espero que vocês [nos comentários] nos ajudem a refletir sobre essa canção.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Da seção descoberta

Não da minha genuína busca,
encontrei no site de Branco Leone uma preciosidade.

Mais uma iniciativa,
que precisa ser divulgada.

http://www.umquetenha.blogspot.com/

(Até aconselho a darem uma passadinha no site do próprio Branco e no www.revistamusicabrasileira.com.br para verem o que se comenta sobre direito autoral e como ações típicas de poderosos assustados podem limar boas iniciativas)

Pluralidade


Hoje, tirei o dia para ver alguns blogs que sempre me pediram ser analisados. Blogs de pessoas próximas, textos reflexivos sobre a vida, remissões sobre a essência em si. Vi os vários, os que há por aí e, em todos, sem exceção, há aquela vontade de serem lidos. O Blog é um movimento de época, uma força da expressividade humana ou da maneira que temos de suprir a eterna necessidade de sermos conhecidos. E não dá para fugir disso, todos queremos pertencer a história, sermos parte de uma lembrança que marca uma época, participar do contexto e da força de expressão de um momento. O Blog remonta a necessidade de termos nossos quinze minutos e pedimos sempre para que o mundo nos veja (é para isso que existem as partes de comentários – e após abrir o meu blog, vejo o quão triste é ter um texto não comentado).
A ausência dos comentários é fruto da burocracia analítica, ter um texto lido não significa que ele mereça o comentário, mas após o tempo de sua publicação, o mesmo não ser analisado é o mesmo que taxá-lo de ruim. E hoje, como disse, resolvi ler os vários blogs e saí na incumbência de comentá-los. Porém, não me veja como um alguém que se posiciona num pedestal crítico, o que fiz mesmo foi coroar alguns sites, criar motivo para que seus autores depois me procurem, que se sintam bem em saber que alguém os leu, alguém os deu motivo para que se construísse um raciocínio mais amplo – ao mesmo tempo egótico – em relação ao que publicam.
Mas o que mais me chocou foi a quantidade de sites que existem. Numa pesquisa branda – Google – descobri que são criados quinze mil por dia, e a média é de cinquenta por cento serem blogs, fotologs ou sites personalistas. Se boa parte destes sites são individuais, eu já não sou capaz de precisá-los, mas se a força dessa ordem fosse unida em vários grupos, a internet poderia se tornar um exemplo de anti-individualismo, uma força contrária a uma ordem que se torna comum num mundo de questionável capitalismo. Só que aí sou eu que caio na Utopia, no sonho distante. Não me deixa de assustar, no entanto, a quantidade de sites que são criados diariamente. Nisso, eu pergunto: quantos são realmente acompanhados diariamente? Quantos deles duram mais do que a euforia de sua criação? Com certeza, teremos uma redução deste quantitativo, eu mesmo só consigo lembrar de não mais do que seis, mesmo assim forçando a lembrança.
É nessa pluralidade que vejo a opção do GRUPO PICTORESCOS (que um dia irá se chamar PITORESCOS, pois já existe o domínio no blog) Sim, um grupo, que ainda só tem o blogspot.com como forma de publicação, mas suas ambições são fortes e não impossíveis. Quem sabe, se houver um movimento de união – e estou aberto a aceitar divagações, reflexões e contatos – não haverá a chance de se formar algo convicto e simplificado, um bom canal de publicação e fundamentação de idéias, pois foi isso que vi, idéias que se perdem no nefasto deserto de excessos do Blog e na imensidão extrínseca de informações do mundo da internet. Criar um movimento, porém, não é egocentrismo midiático, mas a única forma possível de se fazer existir num mundo de possivelmente seis bilhões de sites que pouco irão ser lidos.


Ah, alguns blogs que andei lendo:





Apenas dois, que depois atualizo com mais.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Andy Mckee - Instrumental Hard Core




Andy Mckee - Tight Trite Nigth (noite difícil e banal - tradução literal)

não, não é hard core instrumental. É intrumental hard core. Forte. Marcante.

Eis Andy Mckee, um violonista que tem vários vídeos no youtube, e tem seus trabalhos publicados pela Candyrat. Se alguém quiser conferir: www.candyrat.com

Andy tem um estilo que o difere de outros violonistas que conheço. O rock é palpável em sua melodia. E como é característico do rock, mexe com as suas entranhas. É inspirador ver esse cara mandando ver aí no violão.

Numa análise rápida, Mckee não deixa nada a desejar. é claro, itenso e se você acompanhar direitinho, prestando atenção no que está sendo tocado e olhando pras mãos dele... tente, vai dar um nó no cérebro! =]

AGORA É HORA DE COMPARTILHARMOS NOSSAS IMPRESSÕES SOBRE ESSA MÚSICA.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aos meus heróis



para começar no que será minha contribuição mais sólida neste grupo, uma música talvez desconhecida de autor igualmente desconhecido. A música se chama "aos meu heróis" e o autores são Julinho Marassi e Gutemberg.

Uma música muito interesante, pros nostálgicos de plantão é uma boa pedida, o cara conseguiu citar 30 artistas da vanguarda da MPB com suas respectivas canções, como em:

"e se eu quiser falar com o Gil sobre o flamengo"

referindo-se a canção "Se eu quiser falar com Deus" do artista baiano.


A música é bonita, seu auge é quando ele começa a citar os artistas, demostrando muita criatividade, e muito suor. Há momentos muito belos como:

"essas rosas já não falam de cartola, e do cazuza te pegando na escola..."

"e a outra vida, gonzaginha, o que que é?"

Entretanto, a música peca por se exceder, como no final... sabe aquela história de querer deixar boa demais, e acabar ficando só o 'demais'? então... rs

No quesito série harmônica a música é básica. Há uns quatro, cinco acordes, que se repetem. O que não tira o seu mérito, pois para o estilo apresentado caiu bem.

e no mais confiram, vale à pena.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Viagem de volta

De onde vem
essa saudade,
que me traz ao rosto
esse vendaval?

Onde vai dar
essa estrada desplainada,
que força ao longe
e me faz chorar?

Ah, e diz
como eu trago de volta
o teu riso, a tua cor

Me diz
o que eu faço com essa dor

Me diz onde eu laço
onde eu guardo o cansaço

Me diga onde está você
e quando eu posso voltar,

meu amor.

Olha o que eu acabei de descobrir

Uma editora independente,
que precisa ser divulgada!

Boa Iniciativa

www.osviralata.com.br

Insalobra a hora da tua vida


(Adendo - resolvi hoje escrever uma poesia - algo de que não detenho muitas capacidades e por isso preciso fazer tal adendo. Na verdade, o texto surgiu como poesia e descambou para a música. Pois então, isto é uma letra de música - algo que espero um dia conseguir musicalizar com minha banda, boa leitura)







No fora além de suas forças
na íntima veeméncia de tua derrota
na força de uma passado de aurora morta
o amarelo doce desta tua forca

Agora que não é mais pessoa
que a fome da decepção te corroa
Agora que pede cordialidade
Nos olhos famintos, a falta de humanidade

Saberia você ser humano
Na alma de ser carcamano
A hora reescreve sua história
Vitória antiga, endemoniada derrota.

(Refrão)
Mal sabe, você senhor
qual é a marca do próprio horror
de saber que a própria vitória
não dignifica a própria história
seu nome jogado aos trapos
de um passado sem sombra de glória
e agora se cria a derrota
mais íntima a neblina não-morta

A pureza desta tua lágrima
de olhos já aposentados
encostado ao prazer do tempo
só se sente a corrosão do vento.
Passando os tiques em casa
a morte tem prazer e te aguarda

Não adianta prezar por cleméncia
saber que o mundo não te adora
num passado sem filhos amados
e mulheres que não te abrem a porta
será esquelético moribundo
sombra sem brilho de mundo
jogado, de joelhos calcinados,
esperando doença que a leva a consciência

(retorno ao refrão)
Mal sabe, você senhor
qual é a marca do próprio horror
de saber que a própria vitória
não dignifica a própria história
seu nome jogado aos trapos
de um passado sem sombra de glória
e agora se cria a derrota
mais íntima a neblina não-morta

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

vento

Verde mar diante dos meus olhos
movimento sistemático
mesmo que aleatório... parece ensaiado
como ondas se movem esses dosséis

Cativa meus olhos
a tão indescritível beleza dessa dança
em que cada folha se entrega
ao compasso que pelo vento é ditado

Majestoso espetáculo
prazeroso aos olhos descobertos
pura beleza e simplicidade
só aos olhos não acostumados

aí passa...

Bananeiras, amendoeiras
todas as formas e tamanhos
frondoroso e vivo verde...
esquelético e moribundo cinza...

Cada uma tem sua beleza
tem a peculiaridade
que a torna singular
linda...

No misto de tonalidades
diversidade de vida
me trouxe esperança
nesse estranho fim de tarde

onde, na terra do medo, me encontrei
desnecessariamente ansioso,
com o temor de que leve tristeza da saudade
se concretizasse na dor do indesejado

de ser chamado de perturbador
pesado, irrelevante e excedente
o que com tanto cuidado
foi esperançosamente cultivado

Naquela tarde aquilo acabou
pois entendi, ao contemplar as amigas árvores
que, da delicada rosa no canteiro,
à mais pesada sequóia...

o vento move todas as coisas.

Sem assunto

esse poema fiz assim
sem pretensão
sem assunto

sem ritmo
sem rima
sem você..

queria ter você aqui
abraçá-la forte,
para te sentir o coração bater

te fazer um cafuné

ver o brilho nos teus olhos
tão forte, enxergo os meus
e me perder...

não quero me prolongar,
não quero ser prolixo
e mandar o poema pro lixo

me despeço nesse instante
seu poeta da viola
seu samurai, seu plebeu

vou pegar o violão
e cantar minha saudade...
queria ter você aqui

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A veeméncia de um bom passado.

Ah! A nostalgia. Como é bom saborear o passado. Pena nunca haver uma maneira de revivê-lo ou estipular uma forma de ele sempre se fazer vivo, a não ser pela lembrança. Nostalgia é apenas sensação e nada mais.

Um dia desses lembrei-me de meu pai tentando me ensinar a soltar pipas; Sou daquela geração vítima dos prédios e das cercas sociais e meu contato com a poeira da infância e com as fajutices das bobas discussões sobre uma falta não-marcada nunca me aconteceram. Na verdade, nem bola sei jogar. E também me foi sublimada a pipa. Porém, a lembrança do meu pai tomando conta da situação é que quase me fez chorar por pouco ter percebido naquela época como aquilo me foi bom. Não tenho pretensões de ir aprender a empinar pipas, mas sei que ali não era meu pai, era o antigo menino na carapuça de adulto.

Lá de cima do apartamento, minha mãe gritava o ridículo de um velho soltando pipas enquanto devia ensinar. Até parecia que o velho tinha me roubado um doce ou algo pior. Mamãe não percebera que não era papai, era um garoto que eu nunca teria chances de conhecer, a não ser pelas nostalgias do meu coroa. Aquela era uma boa lembrança.

A nostalgia é o romantismo tomando as rédeas, a saudade em forma de escapismo. Porém, não como fuga de uma realidade ruim, posto que todas as realidades sejam ruins, mas é através desta mesma realidade que devemos dar chances para as nostalgias – ruins ou não, inventadas ou não – pois sem realidade não há vontade para as tais.

Penso que uma pergunta tenha vindo de surpresa àqueles que me leem agora. Como a realidade pode ser ruim, já que gera boas lembranças? Perceba – e agora faço jus ao didatismo fruto de minha profissão -, pense em um dia de futebol e churrasco com os amigos. Aquela boa cerveja, aquela carnezinha no ponto certo, tudo da mais singela perfeição. Uma hora o futebol acaba, a cerveja não mais existe e a carninha não mais está lá. Tudo é posto ao fim, a um limite, a um claro término. É a morte em instantâneo de câmara fotográfica, estático e limitado. Mas como uma foto, a realidade gera lembrança, e aí reside a beleza dos fatos, a veeméncia da vida. Este passado que cutuca o coração e se brota em um sorriso bobo. E não precisa de muito para as nostalgias. Às vezes, um belo por do Sol já basta.

Por isso, não recrimino mamãe pelo que fez. Ela apenas trouxe papai para o nublado da certeza de sua obrigação, o plúmbeo gosto de sua idade e razão de estar ali, mas ela me deu margem para ver que a vida se vive até ontem e que hoje é só uma chance a mais para criar vida. E ponto final.

O bem-estar da lucidez

Não sei bem o motivo pelo qual há de se criar um demónio sobre a rotina. Para muitos, tem o semblante do estático, do moroso, do monótono, e por tal devemos, como modernos e cosmopolitas que somos, evitá-lo a todo custo. Digo até que evitar a rotina é a rotina daqueles que a evitam. Mas saiba, a rotina é o caminho da vida, o equilíbrio das sensações, a pureza dos sentidos, e por isso a vejo como a base do amor ou a simbiose que gera a tranquilidade de um bom relacionamento.
Devemos vê-la como algo benéfico. Porém, não vou negar, aqueles que a abominam é porque se tornaram vítimas das circunstâncias pelas quais foram levados a tal. É aí que reside o problema da rotina; vitimadora que é, limita as auroras diárias a meras constâncias de minutos, logo uma chatice só. A rotina precisa ser desenhada como o equilíbrio, a balança estatizada, valendo todos os pesos como um algo só.
Pense em um casamento. Todos eles caminharão para uma rotina, isto é fato. Mas o que deve ser encarado como belo e sublime é a maneira como se forma esta rotina. A esposa cozinhando todos os dias, o marido que lava a louça, dia sim dia não um pega a criança na escola. Esta síntese, por mais chata que se valha, é na verdade o amor em sua esséncia. Perceba: quem melhor para cozinhar do que se não ela? Quem melhor para lavar do que se não ele? Tudo bem, que um dia ele cozinhe e ela lave. Não é quebra de rotina, é o senso do equilíbrio e do respeito ao próximo, também entra naquela de fazer diferente, agradar ao outro, com todas as vantagens da sinceridade.
Isto é ruim? Talvez ainda haja aquele que não goste do cotidiano, mas se quebrar rotina significa fazer loucura todos os dias, este nunca vai encontrar paz propriamente dita. Aí sou eu que pergunto: do que vale a pena viver a loucura se não há ninguém para dividi-la? E sou um pouco contrário ao fato de viver apenas com amigos, ou por eles. Amigos são belos, mas são uma fraternidade, e não uma família. Toda fraternidade é bela, toda família é linda. E o sorriso da vida não está nos porres homéricos e nas nostalgias das noites bem passadas, mas na soma de história que se faz na dedicação a um. Por isso, rotina não é ruim, é apenas o elixir da vida em si. E rotina só se vive a dois, pois os filhos são para o mundo. E por mais que exista alguém que acredite que a vida a dois e rotina sejam ruins, é porque o camarada ainda não amou.
Tudo bem, todos devemos viver nossas loucuras, e a loucura precisa ser vivida, mas ela é limítrofe, a loucura se cansa de si. Rotina não, como ato de equilíbrio, ela pode instabilizar corações instáveis, mas estes mesmos corações precisam entender que uma vida de paz traz vida, e que viver sempre vale a pena, por mais calma que seja. Isto é lucidez. E que assim seja.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Modernidade

- Alô...- Oi querida, que bom ouvir sua voz!

- Querida é o cacete...a única coisa que não sou para você é querida!

- Como assim, tá maluca?!

- Quer saber, naquele nosso primeiro encontro eu te achei o máximo, depois comecei a perceber que você é bem menos interessante quando estou sóbria... até pensei que você tivesse mal-hálito, por isso sugeri que comprássemos chiclete, mas nisso tenho que fazer justiça: eu estava enganada...

- O quê?

- Não terminei... você definitivamente não tem os olhos do Brad Pitt nem tampouco o perfil do Rodrigo Santoro...até que você é bonitinho e não é um cara burro, mas essa mania de ser sempre metido a engraçadinho por vezes enche o saco...nem tudo que você fala aparentando um tremendo sarcasmo refinado é tão sofisticado assim e tenho certeza que não leu todos os livros que vive dizendo que leu...

- O que é isso?! Resolveu fechar pra balanço e ter um ataque bomba de sinceridade?! Não estou entendendo nada e não me lembro de ter pedido para ser tão franca assim e dizer exatamente o que você pensa de mim!

- E tem mais...até que nosso beijo combina, temos uma certa química, mas você também não é tão bom de cama quanto pensa ser, as vezes é rapidinho demais...

- O quê?

- Mas quer saber, o pior de tudo é ser um canalha mentiroso, poderíamos até dar certo e achava que estava quase apaixonadinha por você....mas deve lembrar que havia mencionado que não tolero mentira e você ainda ironizou dizendo que essa é uma das frases mais típicas do universo feminino...mas que essa mulherzinha aqui leva cem por cento a sério!

- Tem certeza que não está interessada primeiro em respirar pelo menos antes de continuar me detonando e segundo me explicar exatamente o que está acontecendo?!
-O que está acontecendo?! Acessei seu ORKUT e no perfil dizia que você tinha namorada! Quatro meses me enganando! Não teve a decência de me deixar escolher se queria ou não isso para mim!

- A é isso?! Até ontem, se tivesse xeretado meu ORKUT antes, estaria escrito solteiro. De noite, pensando em nós resolvi mudar a droga do meu perfil para namorando...você, no caso, sua tonta! Queria te fazer uma surpresa, mas não imaginava que na sua visão eu era praticamente um micróbio ou um estrupício com tantos defeitos...

- Que fofo! Então somos namorados de verdade? Você é uma gracinha...eu juro que sempre achei que de perfil você é a cara do Rodrigo, só que com os olhinhos do Brad Pitt e mais, naquela noite...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

De Repentinos

Havia nele sempre a mesma música. Era uma baladinha de sete toques, que faziam sete sílabas, rimadas sempre na hora. A facilidade das rimas, e não da música, era que chamava a atenção do público das mesmas calçadas lotadas. Era sempre um dinheirinho a mais, sabe aquele o-não-muito, mas dava pro gasto e pra cachaça.
Só que um dia, uma mulher lhe tomou os olhos. E com ela, foi-se o pensamento, a rima e o toque. O amigo da baladinha percebeu fugacidade e chamou a responsabilidade para si. Com a ida da moça, a caixa em que se apoiava passava a ter mais responsabilidade, pois o baladeiro repentista exigia mais de sua força e equilíbrio. Porém, ou por sorte, a caixa não se rompera. Ele, no entanto, desceu dela e foi atrás da moça.
Por lógica da natureza, quanto mais próximo dos olhos são as pessoas, mais longe são do pensamento e da suposição. Ao chegar mais perto, viu que a bela moça era uma menina, com poucos mais de década de vida, e que não poderia ser ali aquela mulher de antes, lás dos muitos anos, lá dos muitos cantos, lá, bem de lá, dos muitos. Ela se sentiu um tanto ruborizada, aqueles olhos, lá no seu entanto também, não eram tão desconhecidos, não eram aqueles uns tantos desconhecidos dos muitos que se passam. Ele, ali, não era um ex, mas era um alguém.
O suspiro dele foi um pedido de desculpa. O violão voltou para frente e outras desculpas fônicas foram pedidas ao companheiro. A moça, na sutilidade de seus passos, pega da carteira e retorna aos violeiros.
De repente, o repente, a música e a voz. Era um som um tanto de diferente, e ela lá no longe de alguns passos atrás, vê a foto da mãe com um homem. Mas havia o passado da juventude, o volume de cabelos e menos traços físicos dos tempos. Naquela foto não tinha o violeiro, nem a balada, existiam a mãe e um homem, que não tocava violão.
Mas ficou o repente, o de repente.

Qual é a nossa grande preocupação? - Início mesmo!!!

A idéia é simples: ter espaço para criar literatura, expressar-se e poder concluir idéias. Demonstrá-las. Porém, o “site” não será apenas ambiente para criação e expressão. Também será baseado em uma unidade de estudo, na tentativa ampla de compreender o que é comum à arte literária contemporânea. Formado primeiramente por um grupo de amantes da arte como um todo, a idéia que se busca aqui é analisar e entender o cenário artístico a partir de 1970 até os dias de hoje. Por isso que o grupo não é estatizado, fechado e oblíquo. Estamos na busca de colaboradores dispostos a ampliar esse conhecimento e fazer uma análise tanto da arte, como da sociedade e da consciência da época em si.


PUBLICAR TEXTOS PESSOAIS / ESTUDAR E COMPREENDER LITERATURA E ARTE CONTEMPORÂNEA / CRIAR UM GRUPO AMPLO E UNIDO NA BUSCA POR ESTA COMPREENSÃO SOBRE ARTE.

Se você tem esta mesma ambição, se se viu nestes três pontos aqui mostrados, não se sinta acanhado em querer participar do Pitorescos. Nós não somos um grupo fechado, queremos ampliar todas as possibilidades. Queremos que todos aqueles que já estudam, que têm vontade de estudar ou até mesmo já possuem estudos prontos, por favor, juntem-se a nós com a clara intenção de criar algo único e veemente. Se não unirmos forças para criar algo ímpar, sempre teremos esse hiato em nossos livros. A idéia não é somente preencher espaço vazio. A idéia é ampliar a visão sobre literatura contemporânea.


Essa intenção de análise vem de um hiato percebido por dois de seus criadores, Márcio Calixto e Marcos Vinícius, professores de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, que raramente viram fontes fidedignas em Manuais Literários - principalmente aqueles voltados para o Ensino Médio - que pudessem trazer o jovem estudante para a atual realidade de escrita existente no Brasil. Os próprios manuais conferem o status de que "escritor bom é escritor morto". Por obviamente não concordarem totalmente com este fato, houve a criação deste grupo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Apenas o primeiro texto

A idéia básica está lançada.

Agora só nos faltam os todos,

os todos e os comuns,

na busca por um algo nosso,

e que seja de todos. Sem preciosismos ou vanguardas tolas. Apenas a necessidade de conhecimento.

O comum, o pitoresco...

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